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27/10/2010 - 10:14

Monteiro Neto prega ação política do empresariado pelo desenvolvimento

Brasília - O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, despediu-se do cargo no dia 26 de outubro (terça-feira), defendendo a atuação firme do empresariado na solução dos grandes problemas nacionais.”Todos nós temos plena consciência do importante papel do setor industrial como ator político e do seu protagonismo na construção do país”, enfatizou.

Visivelmente emocionado, no discurso do balanço de sua gestão na última reunião da diretoria da entidade de que participou, lembrou que “nossas instituições têm ativa participação na discussão e equacionamento das grandes questões nacionais e na formulação de políticas públicas”. Segundo ele, “a nossa agenda é uma dimensão da agenda de desenvolvimento do país”. Na sua visão, os empresários da indústria são “agentes da transformação da nação”.

Monteiro Neto, que presidiu a CNI por oito anos, em dois mandatos, transmite oficialmente o cargo nesta sexta-feira, 29 de outubro, ao empresário Robson Braga de Andrade, ex-presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG). Andrade foi eleito em maio último pela unanimidade dos votos dos 27 presidentes de federações de indústrias dos estados. O presidente da CNI seria homenageado nesta terça-feira em jantar com lideranças políticas e empresariais. Propôs a necessidade de articulação e coesão do empresariado para superar os gargalos que emperram a maior competitividade da economia brasileira. “Seja quem for o presidente da República eleito, haverá graves problemas a enfrentar. O Brasil fará, no próximo governo,. uma travessia decisiva para seu futuro. Poderemos sair da estrada ou ampliá-la “, alertou Monteiro Neto.

Liderança – No balanço de sua gestão, o presidente da CNI destacou o papel preponderante da CNI na discussão e execução das medidas que atenuaram no país os efeitos da crise econômica internacional. Disse que a entidade liderou o setor industrial no Grupo de Acompanhamento da Crise (GAC), responsável pelas medidas que minimizaram a extensão da crise e ajudaram o país a sair rapidamente dela. Lembrou que foi por sugestão da CNI que o GAC transformou-se em Grupo de Avanço da Competitividade.

Alinhou como realizações da agenda da articulação empresarial de sua gestão a criação do Fórum Nacional da Indústria e do Encontro Nacional da Indústria. O Fórum reúne periodicamente associações setoriais e presidentes de federações de indústrias para discutir soluções aos problemas enfrentados pelo setor. “É um instrumento de sintonia e coesão da defesa de interesses da indústria”, definiu.

O Encontro Nacional da Indústria, por sua vez, reúne anualmente cerca de 1.500 lideranças empresariais na discussão dos gargalos à competitividade. Da discussão do último encontro, em outubro de 2009, foi elaborado o documento Uma Agenda para Crescer Mais e Melhor, com as propostas da indústria para o próximo governo. O documento foi amplamente discutido na CNI, em maio, com os então pré-candidatos Dilma Rousseff, José Serra e Marina Silva. “A visão do futuro é a sustentabilidade do crescimento”, resumiu Monteiro Neto sobre o documento.

Em sua última participação na reunião de diretoria, o presidente da CNI citou também a criação da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), que classificou como “movimento de grande dimensão” e “expressão do compromisso da CNI com o desenvolvimento tecnológico do país”. A MEI tem a participação de dois ministérios, bancos oficiais, de várias entidades de inovação e empresas de base tecnológica.

No Congresso – Monteiro Neto alinhou ainda no balanço de sua administração as ações da CNI no Congresso e no Judiciário. Na ação legislativa, executada pela Agenda Legislativa da Indústria, que seleciona os projetos de interesse do setor em tramitação na Câmara dos Deputados e Senado, citou, entre outros exemplos, a aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, que incorporou diversas propostas da CNI na destinação do lixo e resíduos industriais.

No Judiciário, a CNI propôs ou co-patrocinou mais de 30 ações, a maioria Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIN). Entre outras conquistas jurídicas, a CNI obteve a ADIN 173, que tornou sem efeito a lei que condicionava a realização de qualquer ato jurídico pelas empresas à prova de quitação de tributos, relatou o presidente da CNI.

O programa Educação para a Nova Indústria, outra iniciativa de Monteiro Neto, com o objetivo de aumentar a escolaridade básica, a educação continuada e a capacitação profissional do trabalhador da indústria, aplicou quase R$ 11 bilhões desde 2007. Tais recursos resultaram em 13,7 milhões de matrículas em pouco mais de três anos, superando as metas iniciais do programa, lembrou ele.

A gestão de Monteiro Neto foi elogiada pelos presidentes das federações de indústria na reunião de diretoria. Impossibilitado de comparecer à reunião por problemas de saúde, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), Paulo Skaf, enviou mensagem ressaltando o papel de Monteiro Neto como “grande defensor da produção” e “a conduta ética” na presidência da CNI.

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