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28/10/2010 - 12:31

Movimento negro com Dilma

Dezenas de lideranças do movimento negro estiveram, no dia 26 de outubro (terça-feira), no Rio, para apresentar um manifesto em defesa da eleição de Dilma presidente. Segundo as entidades, ela é a única pessoa capaz de continuar os avanços iniciados pelo presidente Lula na questão racial.

O ato ocorreu no auditório da Universidade Cândido Mendes, que ficou lotado. Um telão teve de ser montado do lado de fora para as pessoas que não conseguiram entrar. Entidades do movimento negro de diversos estados estiveram presentes, além de representantes quilombolas, do candomblé, judeus e ciganos, unificando a diversidade cultural e religiosa do Brasil.

O evento teve como anfitrião o reitor Cândido Mendes e contou com a participação do candidato a vice-presidente na chapa de Dilma, Michel Temer. Também estiveram no ato o ministro da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Eloi Ferreira, e a ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Nilcéa Freire, o presidente do Congresso Nacional Afro-Brasileiro, Eduardo de Oliveira, a sambista e deputada estadual eleita Leci Brandão, o senador eleito Lindberg Farias, a cantora Sandra Sá, o cantor de Hip-Hop, GOG, a representante do Fórum Nacional de Juventude Negra, Clarisse Lima, o representante dos Agentes da Pastoral Negra, Nuno Coelho, e Frei David, da Educafro.

Estatuto em vigor - Um dos destaques da noite foi o vídeo com o programa de Dilma que aborda a entrada em vigor, no último dia 20, do Estatuto da Igualdade Racial. Nele, Dilma diz que o estatuto é “uma grande conquista não só dos movimentos negros, mas de toda população, mais um avanço para o Brasil, belo e mestiço”. E ressaltou que “o estatuto representa uma vitória de lutas contra as desigualdades. A vitória de um Brasil que estamos construindo juntos”, finalizou.

Para o ministro Eloi Ferreira, o governo Lula tem como objetivo superar a desigualdade racial, um desafio que vai continuar somente com Dilma na presidência. Ferreira ainda destacou os motivos para o movimento negro não permitir a volta de Serra ao poder: “ele tem como aliado o DEM, partido que é contra os quilombolas e as políticas de cota nas universidades, é contra o Prouni, que conta com 360 mil jovens negros, e que atuou para que o Estatuto da Igualdade Racial não fosse aprovado”.

Segundo o coordenador-geral da Unegro, Edson França, “a população negra precisa se emancipar e isso só vai acontecer com a esquerda no poder, tendo a sensibilidade de Dilma na presidência”.

Muito aplaudido pelo público, o vereador do PCdoB de São Paulo, Netinho, comemorou os mais de sete milhões e setecentos mil votos conquistados na eleição para o Senado Federal. Segundo ele, foi dura a luta “contra o conservadorismo e o preconceito” no estado, criticando também o “papel sujo da imprensa”. Porém, Netinho disse que gostou da experiência e agradeceu “os caminhões” de votos recebidos, entretanto ainda sem saber o que fazer com eles. Foi a vez então da platéia começar a gritar: “prefeito, prefeito, prefeito...”. Desafio aceito em seguida.

O presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, fez questão de destacar a importância de eleger Dilma em 31 de outubro e a preocupação de Lula com o povo negro e o continente africano. “O governo se voltou para a África, começamos a ter um novo olhar. Em uma viagem com o presidente, me chamou atenção quando Lula disse que após deixar a presidência ele continuará esse trabalho de recuperação da África, pois o Brasil precisa pagar essa dívida”.

Por fim, coube ao sambista Martinho da Vila ler o manifesto das lideranças e entidades do movimento social negro (veja na íntegra no final da matéria), que em seguida foi entregue ao candidato a vice-presidente Michel Temer.

Temer agradeceu todo o apoio recebido do movimento negro e disse que Lula varreu o preconceito racial de seu governo e que essa medida não pode parar. “Não podemos mudar o que está indo bem. Vamos eleger Dilma presidente. Até a vitória”, comemorou o candidato.

Também participaram do ato o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, os ex-ministros da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Edson Santos e Matilde Ribeiro, o deputado federal Edmilson Valentim, a deputada federal eleita Jandira Feghali, a presidente do PCdoB/RJ, Ana Rocha, além de diversos deputados federais e estaduais dos partidos que completam a coligação.

Manifesto das lideranças e entidades do movimento social negro em apoio à candidata Dilma Roussef. Dilma é a garantia de avanços para a questão racial

Nós, lideranças e entidades do movimento social negro, que representamos 50,6% da população brasileira, manifestamos nosso integral apoio à candidatura de Dilma à Presidência da República, pelas razões que se seguem: O Brasil produziu em oito anos políticas públicas que alcançaram de maneira muito especial a população negra brasileira, como os programas Minha Casa, Minha Vida, Luz para Todos, Bolsa Família, Brasil Quilombola, Saúde da População Negra, Ensino da História e da Cultura Afro-brasileira, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a valorização do Salário Mínimo, o aumento de trabalhadores com carteira assinada e o ProUni, dentre outros.

O crescimento econômico sustentável adotado pelo Governo Lula garantiu mobilidade social, possibilitando a ascensão de 36 milhões de pessoas à classe média, com resultados expressivos para toda a nação e em especial para a população negra brasileira.

Dilma contribuiu na construção do Estatuto da Igualdade Racial, a primeira lei desde a Abolição criada com o objetivo de possibilitar o acesso de negros e negros aos bens culturais, econômicos e sociais em igualdade de oportunidades.

Dilma defende a titulação das comunidades quilombolas, o ProUni – que já abriu as portas das universidades para 350 mil estudantes negros – e ações afirmativas.

“Dilma é a única candidata comprometida com a manutenção do Ministério da Igualdade Racial, criado pelo presidente Lula. Assim, a vitória eleitoral de Dilma presidente é a garantia de que as políticas públicas de inclusão da população negra, indígenas e ciganos não serão interrompidas!

Dilma presidente é a garantia da materialização dos direitos descritos no Estatuto da Igualdade Racial, com ações de igualdade de oportunidades!

Dilma presidente é a garantia do direito à vida digna e à liberdade, inclusive de cada um professar a sua fé e religiosidade!

Dilma presidente é a garantia da consolidação da democracia!” . | Alerta Rio

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