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Sobrepeso afeta metade dos trabalhadores da indústria

Brasília (DF)- Metade dos trabalhadores da indústria brasileira está acima do peso ideal e 26,3% deles sofrem de hipertensão arterial. Os dados são do Perfil Epidemiológico de Fatores de Risco em Trabalhadores da Indústria, pesquisa divulgada hoje pelo Serviço Social da Indústria (SESI) no Telecongresso Internacional SESI Indústria Saudável, em Brasília. O evento foi acompanhado por cerca de 6 mil pessoas, que compareceram aos auditórios do SESI em todo o Brasil e assistiram ao vivo por meio da Infovia CNI e da TV Indústria.

A pesquisa revela que, além dos 49,7% dos trabalhadores que apresentaram excesso de peso, 13,5% dos industriários são obesos. Outros 7,7% têm colesterol elevado e 2,9% são portadores de diabetes. “O quadro é preocupante”, afirma a epidemiologista Sandra Fuchs, coordenadora do estudo.

A pesquisa foi conduzida com 4.818 industriários em cinco estados - Alagoas, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Tocantins –, e indica que, apesar de inspirar cuidados, os problemas com o peso dos trabalhadores brasileiros são inferiores à média da população norte-americana.

Nos Estados Unidos, 66% dos adultos têm excesso de peso e 31% são obesos, informa a Associação Americana de Medicina. “Mas o industriário brasileiro está se alimentando mal e engordando”, analisa Sandra.

Conforme o estudo do SESI, 69,1% dos entrevistados comem menos que uma porção de fruta por dia, 54,2% ingerem menos que uma porção de verduras, 48,6% consomem menos que uma porção de legumes e 34,9% bebem menos que um copo de leite por dia. Para complicar a situação, 15,8% são fumantes.

A pesquisa pioneira do SESI servirá de subsídios para os projetos de promoção da saúde dos empregados da indústria, especialmente do Programa de Prevenção das Doenças Não-Transmissíveis, que será ampliado no próximo ano. A meta do SESI é contribuir com a redução dessas moléstias, que, conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), devem matar 36 milhões de pessoas até 2015. Para evitar tantas mortes, a OMS estima que é necessário reduzir em 2% ao ano a incidência das doenças não-transmissíveis.

“Vamos ampliar o programa de prevenção buscando identificar hábitos que fazem mal e modificá-los para a melhoria da saúde”, explica a médica Ione Maria Fonseca de Melo, gerente de projetos do SESI. Segundo ela, entre as iniciativas do programa está o estímulo a atitudes e comportamentos saudáveis por meio da conscientização individual e coletiva dos trabalhadores.

Em 2007, o SESI realizará um novo estudo epidemiológico, que alcançará cerca de 500 mil trabalhadores. A partir dos resultados dessa pesquisa, informa Ione Melo, serão aplicados os procedimentos para melhora do quadro. Um novo estudo, previsto para 2009, indicará os resultados do programa.

O Estudo SESI: Perfil Epidemiológico de Fatores de Risco para Doenças Não-Transmissíveis em Trabalhadores da Indústria foi realizado em 2005 com a participação de profissionais das áreas acadêmica e médica. Os trabalhadores entrevistados de empresas de pequeno, médio e grande portes foram sorteados aleatoriamente nos estados que integraram o estudo.

A coleta de dados começou com o exame de sangue dos entrevistados. Na mesma ocasião, eles assistiram a um vídeo educativo e preencheram o questionário. Os resultados da pesquisa refletem os dados coletados nos exames médicos.

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