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04/07/2007 - 09:09

A expansão da agrishow no semi-árido

“O desafio, agora, é trazer para esta feira os produtores extensivos da agricultura irrigada, para sua consolidação como o maior evento agropecuário do Nordeste brasileiro”. Essa proposta foi apresentada pelo presidente da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), Newton de Mello, em seu discurso na abertura da Agrishow Semi-Árido, dia 3 de julho, em Petrolina, Pernambuco. O palanque lotado de autoridades da região foi palco de uma homenagem do sistema Agrishow ao atual secretário de Desenvolvimento do governo de Pernambuco, Fernando Bezerra Coelho.

Realizada pela Abimaq, em parceria com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), até 7 de julho, a Agrishow Semi-Árido começa com a marca da expansão. Neste ano, a área aumenta de 20 para 32 hectares, onde serão apresentadas mais de 100 alternativas de convivência com a seca e transferências de tecnologia para a agricultura familiar. O número de ônibus vai passar de 300 para 500, as refeições de 12 mil para 20 mil, oferecidas às caravanas de pequenos agricultores vindos dos estados de Pernambuco, Bahia, Piauí, Paraíba e Ceará.

Serão apresentados 24 bate-papos tecnológicos, quatro grandes fóruns e os mini-cursos, com novos temas, como o controle da praga do bicudo no algodão. Entre as atrações, os sistemas da rede de agroecologia, o programa de boas práticas agropecuárias e a vitrine tecnológica.

Cebola sem acidez e com durabilidade -Mas as novidades não param por aí. A Agrishow Semi-Árido será palco de lançamentos da Embrapa, como a cebola Alfa São Francisco. Com menos acidez, o que irrita menos os olhos, tem grande durabilidade, sem apodrecer como a cebola tradicional, com ácido perúvico. “Trata-se de uma verdadeira alternativa para o pequeno produtor da região, colaborando para a inclusão social, aspecto importante do evento”, afirma Newton Silva Araújo, presidente da Agrishow Semi-Árido.

Outro lançamento da Embrapa é a mamona BRS que tem ciclo de 120 dias e colheita única, produtividade de 1.500 a 2.000 kg/ha em sequeiro, 2 a 3 cachos por planta e teor de óleo entre 48 e 49%. Já o milho caatingueiro atinge seu ponto de colheita com apenas 52 dias, adaptando-se perfeitamente a pequenos ciclos de chuva, de 60 dias.

Demonstração práticas - Ao todo, serão 17 demonstrações a campo, como a de boas práticas agropecuárias, além de sistema de produção de galinha caipira, secador solar para a produção de uva passa, campo cultivado com variedades de feijão e milho resistentes a seca. A demonstração conta com um curral com animais das raças Nelore e Sindi, além de exposições práticas ao pequeno agricultor das técnicas através de vídeos e o suporte técnico para esclarecer as dúvidas.

O programa de boas práticas agropecuárias vai funcionar como um selo de certificação para as propriedades rurais. “Com as aplicações de técnicas aprendidas durante o evento, estamos contribuindo para termos uma agricultura familiar competitiva e principalmente de qualidade. A Agrishow oferece a capacitação por meio de soluções tecnológicas de baixo custo, que saem da teoria para se tornar realidade no dia-a-dia das comunidades”, afirma Newton Araújo.

Agroecologia - A Rede de Agroecologia da Embrapa apresenta a integração de esforços de instituições de pesquisas, ensino e entidades não governamentais e Ocips para estudar, pesquisar e divulgar conceitos e práticas dos sistemas agroecológicos. Já o Sistema Agrosilvopastoril para a produção de carne e leite desenvolvido pela Embrapa Caprinos de Sobral (CE) demonstra técnicas de manejo racional da caatinga para se obter maior eficiência da disponibilidade de alimento para caprinos e ovinos.

O sistema Agrosilvopastoril possibilita o cultivo de variedades de milho e feijão que podem servir como alimento tanto para a família do produtor rural como para os próprios animais. “Neste sistema, a integração de árvores da vegetação nativa com espécies introduzidas, a exemplo da leucena e gliricida proporcionam um melhor equilíbrio ambiental e aumento da produtividade e renda da agricultura familiar”, destaca o gerente geral da Embrapa Semi-árido Pedro Carlos Gama.

Outra atração é o sistema de Produção do Cabrito Ecológico, desenvolvido pela Embrapa Semi-árido de Petrolina. O sistema contempla uma série de normas e procedimentos para o manejo alimentar, sanitário e reprodutivo, muito próximo da realidade já vivida pelo caprinovinocultor do Semi-árido. Como resultado, garante a eficiência na produção de carne no contexto da sustentabilidade ambiental, social e econômica. A principal diferença em relação ao manejo convencional, é que o cabrito ecológico garante o pouco uso de insumos (medicamentos, antibióticos e vermífugos), proporcionando uma carne de melhor qualidade, mais macia, animais mais jovens e mais saudáveis.

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