Empresários brasileiros devem faturar quase US$ 30 milhões em feira cubana de negócios

Brasília – Empresários brasileiros que participam da 28ª Feira Internacional de Havana, Cuba, aberta no dia 1º de novembro (segunda-feira), estimam fechar negócios em torno de US$ 29 milhões. A informação é do presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Alessandro Teixeira.

Ele disse que a Apex-Brasil coordenou a ida das 27 empresas brasileiras que participam da feira, representando os segmentos de alimentação, higiene, limpeza, cosméticos, porcelanas, moda, indústria farmacêutica, equipamentos e conectores elétricos, bens de consumo e turismo.

Teixeira embarcou no dia [02] para Havana, onde, no dia seguinte, será celebrado o Dia do Brasil na feira. Ele afirmou que “a parceria com Cuba é estratégica para o Brasil, tanto por sua localização privilegiada, próxima a diferentes mercados latino-americanos, quanto pelas oportunidades de investimento em setores como infraestrutura e turismo, com boas perspectivas para os próximos anos”.

A participação de empresários brasileiros na feira já virou tradição, segundo Teixeira. Tanto que o Brasil já ganhou o prêmio de melhor pavilhão da feira três vezes. A Apex-Brasil montou um centro de negócios permanente em Havana há dois anos, com o objetivo de estreitar as relações comerciais e consolidar a imagem do Brasil como exportador de produtos e serviços para Cuba.

Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior mostram que, de janeiro a setembro deste ano, o comércio brasileiro exportou o equivalente a US$ 265,2 milhões para Cuba, aumento de 22,92% em relação ao mesmo período do ano passado. O saldo comercial (exportações menos importações) é superavitário para o Brasil em US$ 224,044 milhões.

Em setembro de 2010, as vendas para os cubanos atingiram US$ 48,246 milhões, o maior valor desde janeiro de 2009. Os principais produtos exportados para Cuba foram resíduos de soja, óleo de soja, frango congelado, carne e café.

Desde outubro de 2008, a Apex–Brasil mantém um centro de negócios em Havana, onde são organizadas listas de compradores e rodadas de negócios. O escritório também presta serviços administrativos e auxilia a elaboração de projetos de mercado. A representação não atende apenas Cuba e inclui atividades no Caribe e na América Central, tendo participado de ações no Panamá e na República Dominicana.| Stênio Ribeiro/ABr