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09/11/2010 - 09:02

Porto do Rio Grande chega à profundidade de 54 pés e torna-se o Porto do Conesul

De acordo com informações da Marinha do Brasil a profundidade do Porto do Rio Grande já está homologada para 54 pés, graças aos investimentos efetuados em duas grandes obras, o prolongamento dos molhes e a dragagem de aprofundamento do canal de acesso.

Duas das maiores obras já realizadas no Rio Grande do Sul e no Brasil encontram-se na sua fase final: O prolongamento dos molhes da barra do porto do Rio Grande, na região sul do Estado, e a dragagem de aprofundamento do canal de acesso ao Porto. Estes dois grandes investimentos do Governo Federal já permitiram que o Porto do Rio Grande tivesse sua profundidade aumentada de 46 pés para 54 pés, ou seja, de 14 metros para 16,5 metros, tornando-se efetivamente o porto do Cone Sul.

Neste contexto, o Porto do Rio Grande, com sua posição geográfica estratégica no hemisfério Sul e excelentes capacidades operacionais de retro-área e calado, lhe garantem as condições e perfil necessário para consolidar-se como Hub-Port, ou seja, Porto Concentrador de Cargas do Cone Sul. Hoje, com 54 pés de profundidade, o Porto já registra um crescimento anual médio de 18%, e vem quebrando, consecutivamente, recordes de movimentação global, seja de grãos, seja de contêineres. É esperado que o porto feche o ano com a movimentação histórica de 29 milhões de toneladas e de 800.000 Teu's (unidade de 20 pés ou equivalente) de contêineres. Até 2015 está sendo projetado um movimento de 50 milhões de tons e 1,5 milhão de Teu's.

O prolongamento dos molhes de Rio Grande teve concluído os serviços no molhe oeste, devidamente entregue à Secretaria de Portos da Presidência da República e liberado para exploração turística pelos vagoneteiros, que o receberam com pavimento e trilhos novos, melhorando sobremaneira as condições do seu trabalho. A conclusão definitiva das obras aguarda a melhoria das condições climáticas para proporcionar o término dos últimos 14 metros do molhe leste.

Já a obra de dragagem de aprofundamento do Porto do Rio Grande, efetuada pelo Consórcio formado pelas empresas Odebrecht e Jan De Nul do Brasil, teve a etapa de aprofundamento concluída, completando o ciclo que permitiu a conquista da nova profundidade.

Com esta profundidade (16,5 metros), o Porto será capaz de receber navios porta-contêiners de tipo Sues Max, com capacidade de carregar até 8500 Teus, o que hoje não ocorre em porto algum da América Latina. Isto significa que o porto do Rio Grande irá inverter o sistema de logística de embarque de cargas no Brasil e América Latina. Ao invés de ser o primeiro porto do Brasil a receber os navios provenientes do mercado europeu, asiático ou americano, poderá passar a ser o último ponto de embarque na América Latina e, assim, forçar a concentração de cargas em Rio Grande, o que lhe dará uma melhor condição operacional e de representação no cenário internacional. Ainda poderá ser o porto concentrador de bunkering, ou porto de Transbordo de Grãos, Contêineres, Celulose e tantas outras cargas que, hoje, muitas vezes pulam o porto do Rio Grande por interesses comerciais maiores em outros portos da região.

Reflexos - Todo o país, não só a cidade e o estado do RS, se beneficiarão com essa nova postura comercial, que alavancará uma série de outros negócios paralelos, seja na área de logística portuária, como na consolidação do Pólo Naval. Certamente esses aumentos operacionais no Porto do Rio Grande irão proporcionar um crescimento de empregos nas áreas relacionadas com o mercado de logística, transportes, armazenamento e serviços portuários, assim como no setor de Navipeças e Sistemistas do pólo naval. Estima-se para os próximos 5 anos um incremento de 23 mil novos postos de trabalho na área portuária. Cabendo destacar a decisão política e administrativa do Governo Federal, através da Secretaria de Portos, de investimentos na área portuária em Rio Grande.

As obras - De acordo com o Diretor Superintendente da Odebrecht Infraestrutura, Engenheiro Valter Lana, o prolongamento dos molhes além do seu contexto histórico, permitiu dar continuidade as obras implatadas pelos franceses entre 1910 e 1915, proporcionando as condições necessárias para o aprofundamento do canal, sempre aliando as questões técnicas-executivas do empreendimento ao ecossistema e ecoturismo local. Em relação ao aprofundamento, afirma tratar-se da maior operação de dragagem já efetuada no Brasil, contando com a maior draga que já operou na América Latina, a Juan Sebastian de Elcano, com 16.500 m³ de sisterna, de propriedade da Jan De Nul, uma das integrantes do Consórcio. Os recursos disponíveis para tais obras são 100% provenientes do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC, com investimentos de R$ 536 milhões no prolongamento dos molhes e de R$ 196 milhões na dragagem de aprofundamento.

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