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09/11/2010 - 09:02

Suzano Papel e Celulose atinge lucro líquido de R$ 273 milhões no 3T10, 33,6% ante 3T09


São Paulo - Suzano Papel e Celulose (Bovespa: SUZB5), uma das maiores produtoras integradas de celulose e papel da América Latina, anunciou no final do mês de outubro, os resultados consolidados do 3º trimestre de 2010 e do acumulado do ano (9M10).

De acordo com a empresa, a rodução total de 680 mil toneladas de papel e celulose de mercado.Volume de vendas de 675 mil toneladas: 390 mil toneladas de celulose e 285 mil toneladas de papel. Receita líquida de R$ 1,2 bilhão. Custo caixa de produção de celulose de R$ 458/tonelada (excluídos os custos de parada para manutenção).Ebitda de R$ 408 milhões com margem de 35,2%. Lucro líquido de R$ 273 milhões. Indicador Dívida líquida / Ebitda: 2,4x em setembro/2010. Redução de US$50/ton no preço de celulose em agosto e manutenção nos meses de setembro e outubro. Estoques globais de celulose estão em 32 dias, abaixo da média histórica.Novos aumentos de preço de papel nos mercados interno e externo.Disponibilidade de caixa de R$ 3,6 bilhões e dívida bruta de R$ 7,5 bilhões em 30/09/2010. A Companhia concluiu a aquisição da FuturaGene, pelo montante de US$ 84,2 milhões. Com captação de US$650 milhões em Notes com rating Baa3 (Investment Grade, Moody’s) e BB+ (Standard & Poor’s).

Panorama de Mercado: Celulose: Retomada da demanda da China no mês de setembro - O comportamento do mercado foi desigual ao longo do 3T10: no mês de setembro, os embarques de celulose global cresceram 14,2% na comparação com agosto, e 8,7% em relação a julho. Todos os mercados, exceto América do Norte, apresentaram evolução em relação a agosto/2010. Os embarques para os principais mercados aumentaram[ também na comparação com julho/2010.

Em relação ao 2T10, o volume de celulose comercializada cresceu 0,8%, atingindo 10,1 milhões de toneladas (Fonte: PPPC – relatório World 20). A redução de 4,9% do volume de celulose comercializada em relação ao 3T09 é reflexo direto dos volumes elevados de venda naquele período, com intuito de redução dos níveis de estoque acumulado durante a crise internacional, ocorrida em 2008/2009. O comportamento da celulose de eucalipto acompanhou o mercado global: no mês de setembro, os embarques cresceram 21,8% na comparação com agosto, e 17,3% em relação a julho.

Os embarques de celulose de eucalipto apresentaram redução de 0,2% no 3T10 em relação ao 2T10 e de 6,5% comparado ao 3T09, alcançando 3,4 milhões de toneladas. Essa redução é reflexo das paradas programadas durante o período e, em menor parte, da restrição de oferta dos produtores chilenos, que normalizaram a produção ao longo do 3T10. Os principais destinos da celulose de eucalipto de mercado no 3T10 foram: Europa (49,7%), China (13,7%), América do Norte (11,7%), América Latina (12,5%) e Outros (12,4%).

Papel: Demanda nacional por papéis para imprimir e escrever e papelcartão cresce 7,4% em relação ao 3T09 A demanda brasileira por papéis para imprimir e escrever e papelcartão, segundo a Bracelpa, foi de 695,3 mil toneladas no 3T10, 13,7% e 7,4% superior ao 2T10 e 3T09, respectivamente, o que indica recuperação do mercado de papel pós-crise.

O volume total vendido de papéis para imprimir e escrever no Brasil foi de 528,6 mil toneladas no 3T10, 15,5% de 6,3% superior ao 2T10 e 3T09, respectivamente, ainda segundo a Bracelpa. Deste total, a demanda de papéis para imprimir e escrever não revestidos cresceu 14,2% no 3T10 em relação ao 2T10 e ficou em linha com o 3T09. A demanda por papéis revestidos cresceu 18,3% e 23,9% em relação ao 2T10 e 3T09, respectivamente.

Seguindo o mesmo comportamento, o volume total vendido de papelcartão no 3T10 apresentou crescimento de 8,4% e 10,8% em relação ao 2T10 e ao 3T09, respectivamente. A demanda por papelcartão no Brasil acompanhou o aquecimento da economia e já supera os patamares históricos, anteriores à crise internacional.

A maior demanda nacional por papéis para imprimir e escrever e papelcartão no 3T10 contribuiu para a queda do volume de papel exportado pelo Brasil. O volume total exportado de papéis para imprimir e escrever e papelcartão foi de 288,3 mil toneladas no período, redução de 13,0% e 5,0% em relação ao 2T10 e 3T09, respectivamente. De acordo com a Bracelpa, as exportações representaram 34,3% das vendas totais no 3T10, comparado a 40,0% e 36,6% no 2T10 e 3T09, respectivamente.

A participação das importações de papéis para imprimir e escrever no mercado interno aumentou no período: as importações representaram 25,4% do volume total vendido no mercado interno no 3T10, em comparação a 23,4% no 2T10 e 22,6% no 3T09. O aumento tanto em comparação ao 2T10 quanto ao 3T09 ocorreu, principalmente, pela apreciação do Real frente ao Dólar no comparativo entre os períodos e o aumento de demanda interna, principalmente do papel revestido.

As importações de papel para imprimir e escrever revestidos, segmento no qual as importações de papel têm maior relevância, apresentaram participação de 58,7% no mercado doméstico em comparação a 52,4% no 2T10 e 51,5% no 3T09. No mesmo período, as importações de papel para imprimir e escrever não revestidos representaram 8,8% do volume total vendido no mercado interno em comparação a 9,4% no 2T10 e 11,0% no 3T09.

As importações de papelcartão representaram 5,3% do volume total vendido no mercado interno no 3T10, em comparação a 5,0% no 2T10 e 5,6% no 3T09.

A demanda por papéis para imprimir e escrever nos principais mercados mundiais (América do Norte e Europa Ocidental) superou os patamares verificados no 3T09, segundo estimativas da RISI, o que indica recuperação destes mercados pós-crise. A demanda por papéis para imprimir e escrever na América do Norte manteve-se estável frente ao 2T10 e cresceu 4,1% em comparação ao 3T09. Na Europa Ocidental, por sua vez, a demanda caiu 2,6% em relação ao 2T10 e cresceu 7,6% em relação ao mesmo período de 2009. A queda da demanda em comparação ao 2T10 reflete a sazonalidade usual do mercado.

Análise dos Resultados: Ambiente de Negócios - O cenário econômico mundial não apresentou surpresas no 3T10. Desta forma, o ambiente de negócios permaneceu pautado pela incerteza sobre o crescimento das principais economias mundiais. A expectativa de baixo crescimento do PIB nos EUA reforça a tendência do FED a empreender movimentos adicionais de relaxamento monetário, especialmente através da compra de títulos do Tesouro de longo prazo, e, aliada à recuperação ainda lenta das economias da Zona do Euro, conduz a um cenário de baixo crescimento mundial em 2011, ainda que com baixa probabilidade de recessão. Nos mercados emergentes, em contrapartida, o crescimento econômico continua vigoroso, principalmente na China e no Brasil, reascendendo alguns receios de formação de bolhas especulativas nos preços de determinados ativos.

No Brasil, o desempenho da economia continua robusto, com indicadores de vendas no varejo, confiança dos consumidores e produção industrial apresentando leve crescimento. Com isso, o crescimento da economia deve se manter superior a 7% em 2010, pressionando as expectativas de inflação, que permanecem superiores à meta de 4,5% a.a., e alimentando a continuidade do ciclo de elevação da taxa básica de juros por parte do Banco Central, que fechou o trimestre em 10,75% a.a.

Com taxas de juros muito superiores aos patamares internacionais, o Real sofreu apreciação de 6,0% em relação ao Dólar Norte-Americano no trimestre, com a taxa de câmbio entre as duas moedas fechando o período em R$ 1,69 / US$. Este movimento foi influenciado também pela depreciação do Dólar em relação às principais moedas. Vale notar, entretanto, que ao longo do mês de setembro o governo sinalizou com uma atuação mais forte no mercado de câmbio e, já em outubro, aumentou a alíquota de IOF sobre investimentos estrangeiros em renda fixa.

O Dólar Norte-Americano depreciou em relação a todas as moedas relevantes para a determinação dos preços de celulose no trimestre, principalmente em relação ao Euro, que apreciou 11,4% no período. Também o Peso Chileno e o Dólar Canadense apreciaram 11,3% e 3,2%, respectivamente, em relação à moeda americana. Enquanto isso, o Yuan teve uma leve apreciação de 1,3% em relação ao Dólar Norte-Americano no trimestre.

No terceiro trimestre - Aquisição de controle da Futuragene - Em 13 de julho de 2010, a Companhia obteve as autorizações das autoridades competentes do Reino Unido para a aquisição da FuturaGene, sendo a operação liquidada em 19 de julho de 2010, pelo montante de £ 55,3 milhões (equivalente a US$ 84,2 milhões). A Companhia mantinha investimentos não relevantes na adquirida e com esta transação adquiriu a totalidade das ações, apurando um ágio inicial de US$ 85,6 milhões.

Emissão de títulos de dívida:Senior Notes - A Suzano Trading Ltd., subsidiária da Companhia, concluiu uma oferta de Senior Notes (“Notes”) no exterior, no valor de US$650 milhões, com vencimento em janeiro de 2021 e cupom (juros) de 5,875% ao ano, pagos semestralmente, com retorno ao investidor de 6,125% ao ano. As Notes foram classificadas com risco Baa3 estável (Investment Grade) pela Moody´s e BB+ estável pela Standard & Poor’s. Os recursos serão utilizados para propósitos corporativos em geral.

Perfil- A Suzano Papel e Celulose, com receita anual de R$ 4,0 bilhões em 2009, é um dos maiores produtores verticalmente integrados de papel e celulose de eucalipto da América Latina, com uma capacidade de produção de 1,1 milhão de toneladas de papel e capacidade de produção de celulose de mercado de 1,7 milhão de toneladas/ano. A Suzano Papel e Celulose oferece um amplo espectro de produtos de papel e celulose para os mercados doméstico e internacional, com posições de liderança em segmentos chave do mercado brasileiro e quatro linhas de produtos: (i) celulose de eucalipto; (ii) papel para imprimir e escrever não revestido; (iii) papel para imprimir e escrever revestido; e (iv) papelcartão. | Site: [ www.suzano.com.br/ri].

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