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09/11/2010 - 10:23

Relações entre contabilidade e antropologia

Tratar de contabilidade e antropologia nunca foi uma questão simplória nas escolas. E a tarefa torna-se ainda mais complicada quando ambos os conceitos tornam-se convergentes. Porém, os dois temas estão muito mais próximos um do outro do que podemos imaginar.

Antropologia é o estudo da história natural do homem, no âmbito cultural ou social, com suas crenças e instituições concebidas, além de sua construção moral. E a contabilidade nada mais é do que uma ciência social que envolve números e empresas – que formam uma sociedade. Por isso, a antropologia social está muito ligada à contabilidade, e vice versa.

As primeiras ações contábeis, se podemos chamar assim, são datadas de 2.000 a.C. com o povo sumério. Primeiramente, não iríamos ter esta informação se não fosse descoberto por estudos norteados por antropólogos. Também como a contabilidade, a antropologia não era considerada uma ciência, e demorou para isso acontecer. Para se ter uma ideia, a contabilidade tornou-se ciência no século XIX e a antropologia, há poucas décadas.

A antropologia estuda as ações do homem e como elas lidam com a sociedade. A contabilidade estuda a atuação do homem especificamente na sociedade comercial e econômica. E é inevitável que as duas, em algum momento, se cruzem ao longo da história. Quando os estudos antropológicos trabalham em questões da sociedade moderna, é fato que terão de entrar em assuntos empresariais. Isto significa que, neste momento, as duas ciências se convergem ainda mais.

Por isso, prega-se nas boas práticas de contabilidade o uso do conhecimento antropológico, no qual são essenciais o entendimento dos aspectos humanos relacionados a comportamentos e atitudes. Usar este conhecimento é pertinente para dar mais ênfase à responsabilidade da contabilidade nas empresas e na própria sociedade é essencial.

Sem esses cuidados, corremos o risco de dar maior importância aos números do que às pessoas, cuja vida, a rigor, é a finalidade maior da economia, da política, das organizações sociais e do Estado. Não se pode inverter os valores, e “nenhuma civilização pode desenvolver-se se não tiver princípios aos quais se agarrar profundamente”, dizia Claude Lévi-Strauss, o estudioso belga considerado responsável por renovar a antropologia e o estudo dos fenômenos sociais e culturais. Pois bem, a contabilidade, sem dúvida, é um dos meios para viabilizar a concretização desses valores, garantindo que as empresas e o mercado sejam instrumentos eficazes a serviço do bem-estar e do progresso da humanidade.

. Por: Geuma Campos Nascimento, sócia da Trevisan Outsourcing e professora da Trevisan Escola de Negócios. | E-mail: [email protected].

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