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10/11/2010 - 09:18

Diabéticos têm mais chances de desenvolver Doença Arterial Periférica (DAP)

Pouco conhecida, DAP atinge 27 milhões de pessoas no mundo e associada ao diabetes é responsável por 88% das amputações dos membros inferiores.

Em 14 de novembro é celebrado o Dia Mundial do Diabetes, data instituída para conscientizar a população sobre os riscos desta doença que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), será um dos males que mais vai incapacitar e matar pessoas nos próximos 25 anos (juntamente com outras doenças não-transmissíveis, como as cardiovasculares, o câncer e os males crônicos do aparelho respiratório). Entre as principais complicações associadas ao diabetes, está a doença arterial periférica (DAP).

Associadas ao diabetes estão relacionadas outras doenças, como a doença arterial periférica (DAP), ainda pouco conhecida pela população em geral e que pode causar muitos danos, como a amputação de membros inferiores. A DAP caracteriza-se pela presença de aterosclerose (desenvolvimento de placas de gordura) na artéria aorta e em seus ramos principais, além do comprometimento das artérias periféricas, localizadas nos membros inferiores e superiores.

Dados do Estudo Brasileiro de Monitorização de Amputações de Membros Inferiores (EBMAMI)[1], revelam que das 7.634 amputações que ocorrem por ano no Brasil devido a doenças crônicas degenerativas, 88,6% estão relacionadas à doença arterial periférica e ao diabetes.

“Quando uma artéria apresenta um estreitamento, as partes do corpo supridas por este vaso não recebem uma quantidade adequada de sangue e oxigênio. Uma obstrução grave pode causar a morte do tecido necessitando, inclusive, de uma amputação”, explica Dr. Álvaro Razuk Filho, diretor científico da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular.

Entre os fatores de risco, pacientes diabéticos são duas a três vezes mais suscetíveis a desenvolver a doença arterial periférica do que outras pessoas, sendo que ocorre mais frequentemente em homens do que em mulheres. Segundo o especialista, estima-se que cerca de 20% da população brasileira acima de 55 anos sofra da doença. “O perfil do paciente de DAP está associado à idade, ao tabagismo e ao sedentarismo. Por ser uma doença silenciosa, os pacientes custam a procurar um especialista vascular e, na maioria das vezes, acreditam que a dor que sentem nas pernas é apenas uma dor muscular”, afirma. Os principais sintomas da doença são dores na panturrilha, nas pernas e no quadril, além de manchas avermelhadas nos membros inferiores. Com a redução da irrigação sanguínea, os pés tornam-se frios e perdem a sensibilidade.

A doença arterial periférica pode ser um aviso precoce de que um paciente tem artérias obstruídas em outras partes do corpo. Uma pessoa com DAP tem quatro a seis vezes mais chances de sofrer um infarto do que uma pessoa que não tem a doença. Além disso, cerca de uma em cada dez pessoas que sentem dor ao caminhar também desenvolve a perda de fluxo sanguíneo nos pés, o que pode levar à amputação. Para se ter uma ideia do problema, segundo o estudo EBMAMI, somente na cidade do Rio de Janeiro, cerca de 3.600 amputações são realizadas todos os anos. A maioria dessas cirurgias, denominadas amputações primárias, é realizada sem que antes seja feito o procedimento vascular para restabelecer o fluxo arterial. O estudo estima que cerca de 70 mil pacientes por ano necessitam de procedimentos cirúrgicos de revascularização para restabelecer o fluxo sangüíneo.

O tratamento da doença arterial periférica pode ser feito por cirurgia para desobstrução da artéria, angioplastia (passagem de cateter com um balão para eliminar a obstrução causada pela aterosclerose), cirurgia para remoção da parte obstruída e inserção de um enxerto em seu lugar.

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