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12/11/2010 - 09:46

Copa do Mundo 2014 e Jogos Olímpicos Rio-2016 aquecem a indústria do esporte


Sérgio Schildt, vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria do Esporte (Abriesp) e presidente da Recoma, analisa o impacto dos dois eventos no setor e na economia brasileira.

São Paulo (SP) - A Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio-2016 devem agregar R$ 285,2 bilhões à economia brasileira entre 2010 e 2027, segundo estudo encomendado pelo Ministério de Esporte à Fundação Instituto de Administração (FIA) da Universidade de São Paulo (USP). E uma parcela significativa deste montante deve ser investida no setor de equipamentos esportivos, na opinião de Sérgio Schildt, vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria do Esporte (Abriesp) e presidente da Recoma, empresa líder no segmento de infraestrutura esportiva no país.

"O número de obras realizadas pelas empresas no setor deve, no mínimo, dobrar até 2016, em função do movimento esportivo no Brasil, uma ebulição que não deve premiar não apenas as cidades-sede das duas competições, mas também outras que pretendem ter algum tipo de participação em ambas", afirma Sérgio Schildt. "Serão beneficiados municípios vizinhos aos eventos, que, para atender a demanda, terão a necessidade de oferecer centros de treinamento, entre outros itens ligados à infraestrutura", ressalta.

Os reflexos de toda esta mobilização causada pela realização da Copa e dos Jogos no Brasil, de acordo com Sérgio Schildt, já podem ser vistos em todas as regiões do país, com investimentos de prefeituras, estados e iniciativa privada em instalações esportivas. É o caso de Maringá. A cidade paranaense inaugurou, no ano passado, uma pista de atletismo com certificação Classe 2 pela IAAF (Associação Internacional das Federações de Atletismo).

Outros municípios que se mostram interessados em participar indiretamente, como sub-sedes, de ambos grandes eventos estão Mogi das Cruzes (SP), Florianópolis (SC), Vitória (ES), Foz do Iguaçu (PR), Belém (PA), São Luís (MA), Maceió (AL), João Pessoa (PB), Campina Grande (PB). Engrossam esta lista cerca de dez cidades mineiras, entre elas, São Lourenço, Uberlândia e Uberaba.

"A indústria do esporte vinha crescendo cerca de 10% nos últimos anos. Para 2010, a previsão é aumentar 15% em relação a 2009, mercado que deve dobrar nos próximos cinco anos. Só a Recoma tem, hoje, cerca de cem obras simultâneas em andamento e deve crescer 60% este ano. Nos dois últimos dois anos, foram duzentas e a tendência é que este número aumente progressivamente", pondera Sérgio Schildt. Ele lembra que a maior procura é por instalações que atendam os esportes mais praticados pela população, como ginásios poliesportivos, campos de grama sintética e áreas de luta de autorrendimento.

Serão criados 710 mil empregos - O estudo encomendado pelo Ministério do Esporte aponta que, com a realização da Copa do Mundo no Brasil, serão criados cerca de 710 mil empregos - 330 mil permanentes e 380 temporários -, gerando um incremento de R$ 5 bilhões no consumo das famílias brasileiras entre 2010 e 2014. Já os Jogos Olímpicos devem gerar aproximadamente 120 mil empregos por ano até 2016, com uma média anual de 130 mil para o período pós-Jogos, entre 2017 e 2027.

Sérgio Schildt alerta, porém, que os números estimados pelo Ministério do Esporte só serão alcançadas se Governo e iniciativa privada cumprirem as metas de investimentos. De acordo com o executivo, cabe ao primeiro reformar e ampliar a capacidade de portos e aeroportos, melhorar a mobilidade urbana com a ampliação da estrutura de transporte; aproveitar o potencial turístico brasileiro, reurbanizando e revitalizando o entorno das cidades-sede, e aumentar a capacidade instalada para a produção de insumos.

O setor privado, por sua vez, tem que contribuir com a ampliação e desenvolvimento do setor hoteleiro, com a modernização do segmento da construção civil, além de intensificar a competitividade e a produtividades em cada uma de suas áreas de atuação. "O esforço concentrado trará benefícios para toda a sociedade brasileira", reforça Sérgio Schildt.

. A Copa do Mundo agregará R$ 183,2 bilhões à economia brasileira entre 2010 e 2019. Diretamente, serão investidos R$ 47,5 milhões em infraestrutura, turismo e consumo. Indiretamente, R$ 135,7 bilhões, provenientes da recirculação de dinheiro com a realização do evento.

.A Copa criará 710 mil empregos - 330 mil permanentes e 380 mil temporários -, gerando um incremento de R$ 5 bilhões no consumo das famílias brasileiras entre 2010 e 2014.

.O impacto dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos na economia brasileira deve chegar a R$ 102 bilhões.

.O orçamento projetado inicialmente para a realização dos Jogos é de R$ 25,9 bilhões. Deste total, R$ 21 bilhões (81%) sairão dos cofres públicos.

. Os Jogos Olímpicos devem gerar aproximadamente 120 mil empregos por ano até 2016, com uma média anual de 130 mil para o período pós-Jogos, entre 2017 e 2027. Um total de cerca de 2 milhões de vagas.

.Estima-se que, para cada US$ 1 investido nos Jogos, outros U$ 3,26 adicionais serão gerados até 2027.

.Os investimentos em infraestrutura para Jogos Olímpicos e Paraolímpicos trarão um impacto econômico direto da ordem de R$ 33 bilhões. Um total de R$ 25 bilhões serão investidos pelo Governo, sendo R$ 11,6 bilhões em mobilidade urbana, R$ 5,5 bi em portos e aeroportos, R$ 3,8 bi e telecomunicação e energia e R$ 4,6 bi em saúde e segurança.

.Jogos Olímpicos e Paraolímpicos têm orçamento previsto de R$ 26 milhões, sendo R$ 21 bilhões (81%) dos governos federal, estadual e municipal e R$ 5 bilhões (19%) da iniciativa privada. [* Fonte: estudo feito pela Fundação Instituto de Administração (FIA) da Universidade de São Paulo (USP) para o Ministério do Esporte].

Perfil- A Recoma tem 31 anos de atuação no mercado nacional e 600 colaboradores em seu quadro funcional. Atualmente, conta com mais de cem obras em andamento em vários estados. A empresa foi responsável pela construção da nova pista de atletismo do Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa, na Capital paulista, inaugurada no final de julho deste ano, com o piso alemão Regupol AG. Entre outros projetos realizados pela empresa está o piso do ginásio do Maracanãzinho, reformado para os Jogos Pan-Americanos de 2007, e a participação no consórcio que projetou e construiu o estádio João Havelange, o Engenhão, ambos espaços no Rio de Janeiro (RJ).

Também fazem parte do portfólio da Recoma, as pistas de atletismo do Esporte Clube Pinheiros, em São Paulo (SP), a da Sogipa, de Porto Alegre (RS), a Unesp, de Presidente Prudente (SP), e a de São Caetano do Sul (SP), importantes centros de treinamento, além da pista de Maringá (PR), e a do Sesi, em Blumenau (SC). [ * Fonte: estudo feito pela Fundação Instituto de Administração (FIA) da Universidade de São Paulo (USP) para o Ministério do Esporte].[www.recoma.com.br].

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