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13/11/2010 - 07:32

Percorrendo os mecanismos da dor

Nas curvas do corpo, a velocidade de propagação da dor pode chegar a 432 km/h.

Todo processo de dor percorre um caminho no nosso organismo: ela segue pelas terminações nervosas locais, passa pela medula espinhal e vai ao cérebro, que registra a sua intensidade, a sua localização e a sua característica. “A dor pode indicar dano, doença ou perigo. Por isso, devemos dar a devida atenção a esse mecanismo de alerta do nosso organismo”, afirma Lin Tchia Yeng, médica assistente de Divisão de Medicina Física do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas/Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).

Segundo Lin, de uma forma simplificada, há dois diferentes tipos de dor: a aguda (rápida ou epicrítica) e a crônica (lenta ou protopática). Ambas as dores possuem um trajeto pelo sistema nervoso do local da dor até o cérebro: após o estímulo da dor, o neurônio afetado passa um pulso elétrico em direção à medula espinhal; o impulso passa por um forame (orifício entre ossos e cartilagens da coluna) para alcançar a medula e daí segue a regiões do cérebro. Em ambos os casos, os estímulos dolorosos da medula espinhal vão sensibilizar duas regiões distintas do cérebro: o mesencéfalo, responsável por localizar a dor; o tálamo e o corpo caloso, relacionados à sensação da dor.

A velocidade da dor tem relação direta com os tipos de fibras nervosas, sendo que dois tipos veiculam a dor: fibra C e A delta. “Um dos aspectos interessantes nesse processo é a velocidade da transmissão dos impulsos responsáveis pela sensação da dor, que chega a mais de 400 km/h”, conta Lin.

Fibra C - Com uma velocidade entre 1,8 e 7,2 km/h, a fibra C está relacionada à sensação de dor crônica. Os estímulos dolorosos podem ativar os nociceptores, as terminações nervosas livres e as fibras em forma de espiral, que podem ser acionados por pressão e ser multimo­dais, ou seja, de várias origens e características, e estão relacionados aos estímulos nocivos mecânicos e químicos presentes no tecido.

Fibra A delta- As fibras A delta são particularmente sen­síveis ao estímulo agudo e sua velocidade de condução pode alcançar a 108 km/h. Por ser rápida, ela está relacionada à sensação momentânea de dor.

Em relação à Fibra A, existem mais dois tipos de fibras nervosas importantes que se relacionam com a dor, mas não a transportam: . Fibra A beta, responsável pela sensação de toque em todo o corpo, cuja velocidade de transmissão de impulsos chega a 270 km/h. Em algumas situações na dor crônica, quando existe lesão dos nervos, essa fibra pode provocar dor de forma totalmente anormal, conhecida como alodínea. Isso significa que estímulos que normalmente não provocariam dor, como tecido de roupa, tocar a pele e golpe de ar, podem causá-la.

. Fibra A alfa consiste na mais rápida de todas, podendo transmitir impulsos nervosos a velocidade de 432 km/h. É responsável por transmitir as informações presentes nos músculos, ligamentos e articulações, ou seja, o senso da posição do corpo no espaço. Em dor crônica, essa fibra perde a capacidade de funcionar corretamente.

Entre os tipos de dor, a aguda ocorre quando cortamos a pele, nos queimamos ou outras lesões teciduais. Um exemplo de dor crônica é a fibromialgia, condição dolorosa generalizada que aumenta a sensibilidade dos pacientes de tal maneira que, para eles, até um simples e prazeroso carinho dói.

No caso da fibromialgia, em que não ainda se conhecem as reais causas, os estudos sugerem que há um aumento exagerado de sensibilização do sistema nervoso central, com amplificação dos estímulos dolorosos. A elevação exacerbada desses estímulos pode estar relacionada à perpetuação da dor, que se torna crônica. Entre seus sintomas, há contínua dor em corpo todo, fadiga e sono não reparador.

Outro tipo de dor bastante comum e incapacitante é a dor neuropática, que ocorre quando há lesões de estruturas nervosas do sistema nervoso periférico e central. Entre os diferentes sintomas, existem alguns que sugerem a presença de dor neuropática, como dor em queimação, choques, formigamento, pontadas e alodínea, relacionada ao incômodo causado pelo simples toque de um lençol, roupa ou pela água do chuveiro.

Um diagnóstico correto da causa da dor e os tratamentos adequados são fundamentais para o tratamento dos sintomas. Atualmente, as pessoas com dor crônica como fibromialgia e dor neuropática podem diminuir a dor e o sofrimento com acompanhamento médico e abordagens multidisciplinares apropriadas. Os medicamentos usados para controle de dor são os anti-inflamatórios e os opióides, os anestésicos, os antidepressivos e os anticonvulsivantes, entre outros. A pregabalina é um anticonvulsivante que atua diminuindo a sensibilização do sistema nervoso central e possui atuação eficaz e rápida: há redução da dor já na primeira semana de uso – e ainda melhora a qualidade de sono do paciente.

Pfizer - Considerada uma das empresas mais diversificadas do setor farmacêutico, a Pfizer descobre, desenvolve, fabrica e comercializa medicamentos de prescrição e de consumo para Saúde Humana e Animal. A companhia oferece opções terapêuticas para uma variedade de doenças em todas as etapas da vida, com um portfólio que engloba desde vitaminas para gestantes e vacinas para bebês, até medicamentos para doenças complexas, como dor, câncer, tabagismo, infecções e doença de Alzheimer. Entre seus produtos, destacam-se Lípitor, Enbrel, Viagra, Sutent, Lyrica, Champix, Eranz, Centrum, Pristiq, Zyvox, Advil, Celebra e a vacina Prevenar. Fundada em 1849 e instalada no Brasil desde 1952, a Pfizer é a indústria que mais investe em pesquisa e desenvolvimento de novos medicamentos, a partir de parcerias com profissionais de saúde, hospitais, governos e comunidades em todo o mundo. A companhia também mantém e acompanha projetos sociais voltados para educação e saúde no país.

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