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13/11/2010 - 07:32

X Jornada de Nutrição do Into debate sobre a influência da obesidade infantil na saúde dos ossos

O mundo vive hoje uma epidemia de obesidade, incluindo crianças e adolescentes. Isso é o que comprovam estudos do IBGE e do Ministério da Saúde em parceria com centros de pesquisa e universidades de todo o país (estudo Nutri Brasil Infância- Unifesp e Danone Research Institute). Os resultados mostram que uma de cada quatro crianças menor de seis anos já apresenta excesso de peso e quase 11% apresentam obesidade. Para a força tarefa de obesidade infantil, órgão da ONU (IOTF), a estimativa é de que existam no mundo pelo menos 155 milhões de crianças, em idade escolar, com sobrepeso ou obesas. O assunto é um dos temas da X Jornada de Nutrição que vai acontecer no Into (Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia), no dia 17 de novembro.

Uma das principais causas para o aumento do peso e obesidade deve-se a mudanças no estilo de vida, como os hábitos alimentares. E com o sobrepeso aparecem as conseqüências. A saúde óssea é uma grande preocupação, já que problemas como artrose, genu valgo (projeção dos joelhos para dentro) e osteocondrite (inflamações conjuntas de osso e cartilagem), têm sido observados em crianças e adolescentes obesos. Alterações posturais, dores músculoesqueléticas e doenças articulares degenerativas também são comuns. Sem contar o aumento da pressão arterial, doenças do coração, diabetes e síndrome metabólica, problemas esses, típicos de adulto até alguns anos atrás.

A nutricionista do Into (Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia), Alessandra Pereira, em sua dissertação de mestrado, observou crianças de uma creche de Paraty, no Rio de Janeiro. Seu estudo associa a obesidade ao fato das crianças e adolescentes estarem cada vez mais sedentários, passando horas sentados em frente à televisão, videogames e computadores. Além disso, demonstra mudanças no comportamento alimentar. O consumo de frutas, legumes, verduras e até mesmo do arroz com feijão, prato típico brasileiro, vem diminuindo cada vez mais, enquanto que o consumo de “guloseimas”, fast foods vem aumentando. “O processo de criação de hábitos alimentares inicia-se na infância, portanto, essa é a fase ideal de apresentar conceitos, estipular algumas regras. Uma alimentação balanceada, com pelo menos três porções de fruta e cinco porções de legumes e verduras ao dia devem ser encorajados”, atesta.

Cálcio - O consumo de alimentos-fontes de cálcio devem fazer parte de uma dieta equilibrada, com três porções ao dia. Crianças que não tomam leite devem fazer uso de outros alimentos fontes, tais como queijos e iogurtes. Alimentos com excesso de gordura, sódio e açúcares devem ser restringidos. “A criança aprende por ‘modelagem’. É muito comum o relato de pais dizendo que seus filhos não gostam de comer alimentos ‘saudáveis’. Porém, na maioria das vezes esses alimentos não fazem parte da rotina alimentar da família. Portanto, para a criação de bons hábitos alimentares, é necessário que a família também seja estimulada às mudanças no padrão alimentar”, ensina. E para finalizar, ressalta Alessandra: “a prática de atividade física deve ser estimulada. Crianças devem gastar energia com brincadeiras e os horários de TV e computador deve ser delimitados”.

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