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13/11/2010 - 08:24

Mercado de crédito deve crescer 19% nos próximos cinco anos, aponta estudo encomendado pelo IGEOC

O aumento dos financiamentos imobiliários será o destaque, até a Olimpíada de 2016, e a inadimplência sofrerá queda considerável.

O mercado de crédito caminha a passos largos no Brasil. Segundo estudo encomendado pelo Instituto Geoc, que representa um grupo de empresas de cobrança do país, nos próximos cinco anos a relação crédito/PIB deve alcançar 55,8%, um incremento de 9,1%, se comparado com o valor atual de 46,7%. A análise completa foi apresentada e debatida no 6º Congresso Nacional e 8º Congresso Latino-Americano de Crédito e Cobrança, que aconteceu em São Paulo.

“A expansão projetada é resultado de fatores quantitativos – como o crescimento da economia, a queda da taxa de juros e o aumento da base da pirâmide econômica – e de mudanças qualitativas – o uso do aparelho celular e melhorias institucionais, por exemplo”, explica o autor do estudo, Roberto Luis Troster, que é doutor em economia pela USP, pós graduado em banking pela American Bankers Association e ex-economista chefe da Febraban e da ABBC.

Segundo ele, a taxa Selic que hoje é de 10,75%, vai chegar, em 2016, a 7,75%. Já o crescimento do PIB ficará entre 4% e 5% ao ano, até a Olimpíada do Rio. “O ambiente macroeconômico se apresenta favorável para uma expansão de crédito: um cenário externo com baixa volatilidade e demanda por exportações brasileiras. Além das taxas de juros externas com tendência de alta e as internas de baixa”.

Troster aponta que o total de recursos creditícios para pessoa física deve subir dos atuais 15,1% para 17,9% e da pessoa jurídica de 31,6% para 37,9%. As linhas de crédito menos onerosas serão as mais promissoras entre pessoa física, como o uso do cartão, crédito consignado privado e financiamento imobiliário. Na habitação, por exemplo, a projeção é de um salto dos atuais 7,6 milhões para 52,3 milhões, em dezembro de 2016. O economista prevê ainda redução na taxa média dos juros.

Outro reflexo direto do aumento de crédito é a redução no índice de inadimplência, segundo o estudo. “Possibilita que o devedor role a dívida. Ele faz um empréstimo consignado para pagar o cheque especial, por exemplo. E é justamente o cheque especial que deve ter a maior redução de inadimplência. Hoje está em 10% e deve chegar a 6,8%, em dezembro de 2016”.

O estudo analisa ainda as consequências do aumento da população considerada “bancarizável”, ou seja, entre 20 e 65 anos. Até 2016, serão mais 23 milhões de jovens com acima dos 20 anos e, portanto, potenciais consumidores de produtos e serviços bancários – crédito, poupança, instrumentos de pagamentos bancários, seguros e produtos de previdência. “Quanto maior a bancarização, maior a demanda do crédito”, afirma Troster.

Com novos canais de distribuição e os produtos vão pegar carona. Segundo o economista, a tendência são celulares substituindo cartões de débito e crédito, tanto na conveniência quanto na segurança. “O custo de uma transação feita pelos meios eletrônicos é até 100 vezes menor no que a transação feita na agência”, compara.

Para Roberto Luis Troster, a Olimpíada Rio 2016 vai encontrar o sistema financeiro brasileiro consolidando a maior transformação da sua história. “Novos participantes, regras diferentes, padrões de concorrência mais acirrada, crescimento acelerado da oferta de serviços financeiros, maior diversidade de produtos e serviços, canais de distribuição mais rápidos, padrão de publicidade agressivo etc. O sistema está se tornando mais dinâmico, aberto e competitivo”, conclui.

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