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Como as cores podem influenciar a vida das pessoas


Designer paranaense ensina como usar as cores para obter melhores resultados nos ambientes sejam eles comerciais ou residenciai.s.

Verde oliva, menta, berinjela, cereja. Os nomes lembram sabores, mas o que verdadeiramente denominam são as novas tendências de cores apontadas no Salão do Móvel de Milão e usadas cada vez com maior freqüência em todo o mundo – o que não poderia deixar de incluir o Brasil.

“Até mesmo aquelas cores fortes e psicodélicas dos anos 60 e 70 estão de volta”, comenta Luiz Renato Roble, diretor de criação da Datamaker Designers, de Curitiba. “Na época, consideradas extremamente futuristas, hoje elas estão mais do que em voga, usadas das paredes ao teto e também em todos os móveis e objetos de decoração”.

Além do verde oliva, da menta, da berinjela e da cereja, a paleta traz ainda outras cores há tempos esquecidas. É o caso do azul pavão, do vermelho chinês e até do amarelo girassol. Mas afinal para que tantas opções?

Segundo Roble – que diariamente atende a clientes interessados numa correta aplicação das cores em seus empreendimentos comerciais e residenciais – ao contrário de quando se usa o branco absoluto ou o bege do piso ao teto, empregar cores no design de ambientes – sejam elas fortes ou discretas; sejam nas paredes, estofados, ou nos móveis – é algo muito importante e que, por isso mesmo, requer muito cuidado, tanto na hora de escolher onde aplicar uma determinada cor, como no momento de decidir qual cor definir para um ambiente e o porquê eleger tal cor.

“Por medo de errar, não é raro, inclusive, as pessoas fugirem das cores”, diz. “Mas elas podem e devem fazer parte da vida das pessoas porque são capazes de despertar sensações e emoções que um branco gelo ou um bege nem sempre conseguem.”

O diretor da Datamaker explica que historicamente as cores seguem códigos visuais, ou seja, atuam como elementos simbólicos, assumindo uma variedade de significados, que ao longo do tempo, por estarem intimamente ligados ao nível de desenvolvimento social e cultural das sociedades que os criam, podem evoluir.

“As cores transmitem diferentes sensações às pessoas que, mesmo vivendo em uma mesma sociedade, da qual partilham uma mesma cultura, acabam por interpretá-las de forma única, fazendo com que o gosto pessoal delas influencie na leitura desse código. Mesmo assim, existem alguns parâmetros na leitura das cores que podem, empiricamente, serem utilizados como um auxílio no tão difícil momento da definição das cores de um ambiente”.

Dicas – Assim, em primeiro lugar, é preciso saber quem ocupará o ambiente que está sendo criando, seja por um designer, arquiteto ou por alguém que resolveu “agir por conta própria”. Definir quem dormirá naquele quarto,conviverá naquela cozinha, será recebido naquela sala ou mesmo quem será o público daquele novo ambiente comercial. “Ou seja, é importante saber do que estas pessoas gostam, o que as completam, que tipo de sentimento as impulsiona”, acrescenta Roble.

O próximo passo é saber o que se quer transmitir através daquele ambiente específico. “O uso de cores é decisivo para que comuniquemos nossas intenções”, alerta. “Resta saber o que as cores podem dizer por si só e, principalmente, aliadas às formas e às cores do design empregado”.

Cor mais fria e profunda, o azul, por exemplo, expressa uma disposição ao lado emocional e intelectual. Pode usar ser usada em ambientes que requerem maior sobriedade e mesmo requinte, mas sempre com moderação. “Isso porque podem tornar o ambiente deprimente após um longo tempo”, acrescenta o diretor de criação da Datamaker Designers.

No meio do caminho, o verde aparece como uma cor mais neutra entre as duas tensões: amarelo e azul. Na Medicina é vista como a cor das curas. Não transmite alegria, nem tristeza, nem paixão, mas a sensação de repouso, podendo ser utilizada em ambientes de estudo e trabalho.

E o vermelho? Lembra fogo, sangue, ao mesmo tempo em que transmite força e poder. “Ele está relacionado às necessidades afetivas das mais suaves à violentas”, explica. “É a cor que tem maior visibilidade e, conseqüentemente, é a mais utilizada principalmente pelo público jovem”.

Mas e as cores de nomes mais exóticos como a berinjela? Denominação contemporânea da cor púrpura é a cor da elevação espiritual que gera admiração e respeito. Simboliza nobreza, elegância, devoção, riqueza e poder. “Por ser uma cor neutra, é alegre e jovem e ao mesmo tempo elegante e madura”, comenta Roble. “Tudo depende de como é tratada no projeto de um ambiente. Em tons mais escuros, está ligada à idéia de saudade e melancolia tornando-se deprimente. Em tons mais claros é alegre e simboliza a lucidez, o equilíbrio, o amor e a inteligência. Por ser uma cor de difícil combinação, fica mais fácil quando usada ao lado de tons neutros como preto e cinza”.

Nem o branco nem o preto são considerados cores. O branco é tido como ausência de cor, refletindo toda a luz que recebe, enquanto o preto é visto como ausência de luz, absorvendo quase todos os raios luminosos incidentes sobre ele. Estas duas “cores”, se é que podemos chamar assim, são fundamentais no design de ambientes para que exista contraste ressaltando a qualidade dos matizes. “As cores, fortes ou suaves, quando acompanhadas do branco ou do preto ganham em luminosidade e vibração”, ressalta Luiz Renato. “As cores têm capacidade de transmitir tranqüilidade, equilíbrio, estímulo, energia e elegância, basta acreditar nelas e espalhar seu poder, fazendo com que o ambiente, assim como o mundo, desfrute da diversidade das cores vivas”.

Perfil da Datamaker Designers - A Datamaker Designers é um studio que trabalha com design de ambientes, gráficos e produtos. Entre seus clientes estão empresas como a Bergerson Joalheiros, Squale, Kodak e Zutti Calçados. Site: ­www.datamaker.com.br

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