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20/11/2010 - 08:18

Projeto Hortas Comunitárias patrocinado pela Petrobras recebe prêmio internacional

São Paulo- O Projeto Hortas Comunitárias, desenvolvido pela ONG Cidades sem Fome em São Paulo com patrocínio da Petrobras, é um dos vencedores do Prêmio Internacional de Dubai para Melhores Práticas 2010. A premiação escolheu as 12 melhores iniciativas do mundo para a melhoria das condições de vida das comunidades.

O prêmio é uma iniciativa do governo de Dubai, em parceria com a Agência da ONU para assentamentos Humanos, HABITAT. O objetivo é apoiar a transferência e intercâmbio de experiências, conhecimentos e experiências através de redes de aprendizagem em comunidades ao redor do mundo. As propostas recebidas serão adicionadas ao banco de dados de melhores práticas da HABITAT para serem replicadas.

O projeto premiado desenvolve hortas comunitárias em áreas urbanas de grande concentração habitacional, com o objetivo de levar às comunidades oportunidades de trabalho, capacitação profissional e geração de renda com a comercialização de legumes, hortaliças e frutas produzidos pelo projeto.

“A conquista desse prêmio representa a consolidação do nosso projeto e abre portas para que práticas semelhantes possam ser aplicadas no restante do Brasil e até no mundo”, afirma Hans Dieter Temp, fundador e coordenador de projetos da ONG Cidades Sem Fome.

Parte da produção das Hortas Comunitárias é destinada ao consumo dos participantes e seus familiares e o excedente da produção é comercializado. As hortas são desenvolvidas na Região Metropolitana de São Paulo em áreas que não tenham utilização específica, como terrenos baldios e áreas subutilizadas.

Desta forma, o projeto também combate a desnutrição e melhora a qualidade de vida dos participantes e de suas famílias através do acesso a alimentos saudáveis e nutritivos, além de trazer melhorias ambientais com atividades de educação ambiental. As hortas comunitárias introduzem uma alternativa de desenvolvimento sustentável aliado à produção de alimentos, atenuando a situação de pobreza das populações.

“O aproveitamento de espaços urbanos disponíveis ou subutilizados, por meio do cultivo de frutas, hortaliças e plantas medicinais é uma tendência de futuro, que extrapola as iniciativas pioneiras em pátios de escolas ou creches. A agricultura está entre as principais vocações econômicas de muitos espaços periféricos urbanos e metropolitanos. Sua proximidade com o mercado consumidor faz dela uma atividade dotada de grande potencial de crescimento”, afirma Hans.

As hortas comunitárias possuem uma elevada capacidade de geração de emprego e de renda e permitem a criação de empregos sustentáveis a custos relativamente baixos. Dentre as contribuições ambientais, podem ser destacadas a diminuição do acúmulo e a melhoria da qualidade da água. Uma parcela de lixo orgânico pode ser reciclada em compostos para fertilização dos solos e os recipientes, principalmente plásticos, podem ser reaproveitados para a produção de mudas e cultivo de algumas espécies. O valor estético de espaços verdes, a formação de microclimas, o combate a doenças por meio de uma alimentação diversificada e o poder curativo das plantas medicinais são componentes da qualidade de vida proporcionadas pela agricultura urbana e pelas hortas comunitárias.

O projeto já implantou 21 núcleos de hortas comunitárias em São Paulo, beneficiando 665 pessoas. Foram realizados cursos, palestras e oficinas relacionadas à alimentação, meio ambiente, administração e cooperativismo. Também foi implantado um ponto de venda para comercialização dos produtos. Atualmente a Organização Cidade sem Fome prepara-se para reaplicar o projeto em outros locais.

O projeto Cidades sem Fome Hortas Comunitárias foi contemplado na seleção pública do Programa Petrobras Desenvolvimento & Cidadania em 2005. Através do Programa, a Companhia investe em projetos voltados para geração de renda e oportunidade de trabalho, educação para a qualificação profissional e garantia dos direitos das crianças e dos adolescentes. De 2007 a 2009, o Programa investiu R$ 396 milhões em mais de 1,8 mil projetos. O Programa prevê investimentos de R$ 1,3 bilhão até 2012, que deverão permitir a realização de projetos que atendem direta e indiretamente a 18 milhões de pessoas em todos os estados do país.

O prêmio- A premiação foi lançada em uma conferência das Nações Unidas, em novembro de 1995. Desde então, a cada dois anos, um júri independente de peritos internacionais elege doze projetos dentre os concorrentes dos cinco continentes. A iniciativa é do governo de Dubai, em parceria com a ONU/HABITAT, e tem o objetivo de incentivar projetos de desenvolvimento sustentável de comunidades, agindo por meio da cooperação internacional mútua.

Para serem consideradas melhores práticas, as iniciativas devem apresentar impacto visível e tangível na melhoria da qualidade de vida das pessoas; resultados de parcerias eficazes entre os setores público, privado e sociedade civil; devem ser socialmente, culturalmente, economicamente e ambientalmente sustentáveis.

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