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20/11/2010 - 09:03

Bain & Company prevê um aumento de 10% nas vendas mundiais de artigos de luxo em 2010, apagando as quedas da recessão

O rápido e inesperado retorno dos consumidores americanos às lojas de luxo e o crescimento contínuo de dois dígitos da China impulsionaram o recorde nas vendas mundiais.

A crise global nas vendas mundiais de artigos de luxo chegou ao fim no quarto trimestre de 2009, completando um ano de queda com declínio de 8%. A projeção da consultoria global Bain & Company é de que haverá aumento de 10% no consumo de artigos de luxo até o final de 2010, atingindo 168 bilhões de Euros e quase superando o pico histórico do mercado, de 170 bilhões de Euros em 2007. A consultoria é a principal conselheira da indústria mundial de artigos de luxo e lança agora a 9ª edição de seu estudo indicador de tendências “Luxury Goods Worldwide Market”. O novo estudo da Bain & Company foi lançado durante a Conferência Anual da Fondazione Altagamma, (associação da indústria de artigos de luxo italiana).

No estudo de luxo a Bain associa a recuperação do mercado a vários motivadores de vendas-chave: o crescimento de dois dígitos, em média, durante o segundo e terceiro trimestres; o rápido retorno dos consumidores às lojas próprias das marcas; o forte crescimento contínuo da China; a recuperação das vendas nos Estados Unidos, o maior mercado único; e, especialmente, às fortes vendas de artigos de couro, sapatos e acessórios.

“Ainda que o setor não tenha superado inteiramente as dificuldades, vemos fortes sinais de crescimento do consumo de luxo em mercados e canais chave, que sugerem uma recuperação completa das vendas de artigos de luxo ao nível pré-recessão”, afirmou Claudia D’Arpizio, sócia da Bain em Milão e principal autora do estudo.

Ainda que 40% do aumento na receita das vendas seja resultado da depreciação do Euro, mesmo com taxas de câmbio constantes comparadas às do ano passado, o crescimento estimado para 2010 é de 6% em relação ao mesmo período no ano anterior. O último trimestre de 2009 pôs um fim ao declínio de seis trimestres em vendas de luxo ano a ano, e ficou igual na comparação com o mesmo trimestre de 2008. A partir de 2010, as vendas de luxo cresceram 6% no primeiro trimestre, 16% no segundo trimestre, 13% no terceiro, e deve crescer 5% no quarto trimestre. A Bain também estima um crescimento de 3% a 5% em 2011, seguindo a taxa de crescimento mais equilibrada do mercado de luxo. No entanto, a previsão para 2011 pressupõe uma taxa de câmbio constante e pode aumentar ou diminuir com base no destino do Euro e do dólar.

A análise da Bain & Company mostra que a recuperação do luxo em 2010 se baseia amplamente no desempenho de lojas de varejo de propriedade direta das marcas de luxo, e administradas por elas. As vendas neste canal aumentaram 20%, comparado a um aumento de 6% nos canais de lojas de departamento e atacado. “A mudança do atacado para o varejo mostra que as marcas de luxo têm muito mais controle sobre seus próprios destinos, mas também muito mais responsabilidade,” afirma a sócia da Bain & Company, Claudia D’Arpizio. “Veremos uma década em que a balança penderá para marcas que tenham a melhor gestão de varejo, a melhor experiência de compras e a maior capacidade de investir”, completa.

Outros canais também estão aumentando seu impacto sobre o setor. As vendas de luxo online têm tido um desempenho melhor que asvendas gerais via web e crescerão 20% em 2010, representando 4,2 bilhões de Euros. Vendas com descontos respondem por 30% das vendas online, contra 70% das compras online efetuadas com preço cheio. Lojas de liquidação e outlets de luxo crescerão até 8,2 bilhões de Euros em 2010, apresentando um crescimento anual médio de 12% desde 2007.

A Bain prevê que as vendas na China atingirão um crescimento de 30% ano a ano para 2010, atingindo 9,2 bilhões de Euros. A China está posicionada e deverá se tornar o terceiro país de maior mercado do mundo até o meio da década. Em geral, a região da Ásia-Pacífico, exceto o Japão, apresentará um crescimento de 22% em 2010. As vendas nos Estados Unidos aumentarão em 12%, para 4,6 bilhões de Euros, representando o maior crescimento absoluto na receita para o ano. A Bain & Company estima que o crescimento em 2010 para a Europa será de 6%, e 62 bilhões de Euros. Apenas o Japão continua passando por uma queda, encolhendo 1% em 2010 conforme os consumidores maduros de luxo reduzem seus gastos e os compradores jovens evitam marcas de luxo tradicionais.

O estudo observa que a recuperação do luxo este ano eleva todas as principais categorias de produtos do setor. A previsão é que vestuário tenha um crescimento de 8% este ano. Artigos de alto luxo (inclusive relógios e joias) devem apresentar um aumento de 13%. Acessórios, sapatos e produtos de couro terão uma expansão de 16%, quase superando as receitas com vestuário, tradicionalmente o maior setor de artigos de luxo. A projeção é que perfumes e cosméticos apresentem um crescimento de 4% em 2010. “O crescimento dos acessórios deve continuar, uma vez que os consumidores não parecem dispostos se comprometer com o consumo de bolsas e sapatos, mesmo que possam misturar e combinar itens de luxo e itens comuns em seus guarda-roupas,” diz D’Arpizio.

"Esta recuperação abrupta mostra o quanto nossa indústria amadureceu rápido,” disse Santo Versace, presidente do conselho da Fondazione Altagamma. “Estamos vendo a recompensa real que as marcas recebem por compartilharem suas experiências e investirem em capacidades de negócios mais robustas, a altura de sua excelência em design”, completa Versace.

Segundo Claudia D’Arpizio, “vemos o surgimento de uma série de novos comportamentos e tendências agora que a crise está se revertendo. O comprador de luxo desta década tem grande probabilidade de ser chinês, de ser do sexo masculino e de ser jovem. As marcas que atendam às necessidades destes novos segmentos estarão mais bem posicionadas para continuar crescendo na próxima década”, conclui a líder do estudo de luxo da Bain & Company.

O estudo ‘Luxury Goods Worldwide Market’ da Bain - A Bain & Company, em colaboração com a Altagamma – a associação do setor de artigos de luxo da Itália – analisou o mercado e o desempenho financeiro de 220 das empresas e marcas de luxo líderes no mundo. O banco de dados de empresas, conhecido como “Luxury Goods Worldwide Market Observatory”, se tornou uma fonte líder, e muito estudada, para a indústria internacional de artigos de luxo. A Bain publica suas constatações anuais no estudo “Luxury Goods Worldwide Market Study”, publicado pela primeira vez no ano 2000.

Perfil- A Bain & Company, uma empresa líder de consultoria global, atende os clientes fornecendo informações sobre estratégia, operações, tecnologia, organização e fusões e aquisições. A empresa foi fundada em 1973 com base no princípio de que os consultores da Bain devem medir seu desempenho em função dos resultados financeiros de seus clientes. Os clientes da Bain têm superado o mercado acionário em 4 a 1. Com 42 escritórios em 27 países, a Bain já trabalhou com mais de 4.150 grandes multinacionais, empresas privadas e outras corporações em todos os setores econômicos. [ www.bain.com ].

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