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20/11/2010 - 09:12

BNDES defende maior inovação em empresas exportadoras


Salvador – O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, defendeu a necessidade do Brasil aprofundar a inovação nas empresas exportadoras, especialmente de commodities, para continuar competitivo no mercado global. O alerta foi dado nesta sexta-feira, 19 de outubro, na Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), no lançamento do núcleo de inovação da Bahia,

O núcleo é uma ação da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), iniciativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) para dobrar em quatro anos o número de empresas inovadoras no país. O núcleo da Bahia é o décimo criado este ano pela MEI, em parceria com as federações estaduais das indústrias. Os outros núcleos instalados são o de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, São Paulo, Minas Gerais, Distrito Federal, Maranhão e Pernambuco.

Coutinho enfatizou a necessidade de se criar uma rede adequada de logística para tornar a cadeia de commodities brasileiras inovadora. “Tenho certeza de que o governo da presidente eleita Dilma Rousseff incentivará os investimentos em logística Isso abrange portos, aeroportos e ferrovias”, declarou o presidente do BNDES.

Segundo ele, “não existem mais impedimentos para que os empresários brasileiros se engajem na agenda da inovação”, na medida em que, conforme assegurou, há recursos suficientes e incentivos para a atividade.

Diante de uma platéia de empresários, Coutinho salientou a necessidade de maior engajamento do setor produtivo na inovação, assumindo riscos, para que o país se torne mais competitivo. Informou que o investimento das empresas em inovação corresponde a 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) nas economias dos países desenvolvidos, percentual que é bem menor no Brasil. “Tenho convicção de que o setor empresarial brasileiro vai dar uma arrancada firme em direção à inovação”, assinalou.

O presidente do BNDES destacou o papel da MEI ao fortalecer a parceria entre o setor privado e o governo federal no aprimoramento das políticas de incentivo à inovação. “Todas as necessidades de aperfeiçoamento das políticas de inovação apontadas na MEI foram acolhidas pelo governo”, destacou. Citou, entre elas, o poder dado ao governo federal de usar seu poder de compra em favor das empresas brasileiras que investirem em inovação.

Planos de gestão - O lançamento do núcleo de inovação da Bahia ocorreu durante o Seminário Oportunidades de Inovação para a Bahia, realizado pela FIEB. O núcleo da Bahia reunirá a FIEB, o Instituto Euvaldo Lodi (IEL), o Serviço Social da Indústria (SESI), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI). Outras entidades parceiras são o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB), o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, universidades locais, as secretarias estaduais de Indústria e Comércio e de Ciência e Tecnologia.

O diretor de Educação e Tecnologia da CNI, Rafael Lucchesi, ressaltou a importância dos núcleos e das federações na mobilização e sensibilização das empresas para a inovação e no papel de capacitar e prestar assessoria para as indústrias elaborarem e implantarem planos de gestão da inovação. “O papel da MEI é colocar a inovação no centro das estratégias empresariais”, disse Lucchesi, para quem é necessário ampliar a capacidade de alavancagem dos gastos públicos no setor.

Lembrou como iniciativas propostas pela MEI e aprovadas pelo governo a desoneração tributária nos investimentos em inovação e a criação da sala de inovação, que reunirá numa só instância as instituições governamentais responsáveis por aprovar projetos de inovação, dando celeridade aos empreendimentos e evitando superposições.

O secretário-executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia, Luiz Elias, e o diretor técnico do Sebrae nacional, Carlos Alberto dos Santos, alertaram para a necessidade de se aumentar a apresentação de projetos.. “Hoje temos mais recursos e possibilidades do que demandas”, informou Santos.

O presidente da FIEB, José de Freitas Mascarenhas, considerou essencial o trabalho de divulgação desses instrumentos junto às empresas. Defendeu, porém, a necessidade de redução da burocracia para acesso aos recursos. Reafirmou o empenho e interesse da entidade em levar a inovação para as empresas locais, citando como exemplo a instalação do Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia (CIMATEC), unidade de formação de profissional do SENAI.

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