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20/11/2010 - 09:25

Meu gerente, meu cliente

Acredito que muitos já tenham ouvido falar do “apagão de talentos”. A demanda por bons líderes no mercado brasileiro hoje é maior que o número de boas posições ofertadas. Com isso, as empresas enfrentam a dificuldade de atração de novos bons profissionais e o desafio ainda maior de reter os atuais.

Conhecendo o volume de oportunidades de trabalho disponíveis, a avaliação que o candidato faz da empresa é tão criteriosa quanto a que a empresa faz do candidato. Um pacote de remuneração já não é suficiente para atrair ou manter um executivo, que também busca autonomia, oportunidade de desenvolvimento e estrutura. Além disso, é cada vez mais comum que os profissionais busquem significado, propósito, e não somente um emprego.

Como uma empresa pode criar significado para os funcionários? As crenças dos fundadores e os valores que a empresa pratica devem ser aderentes aos valores dos profissionais que nela trabalham. Para que todos busquem objetivos comuns é necessário que haja o mesmo entendimento de como chegar lá. Há muitos profissionais que recusam propostas com melhores remunerações pois estão envolvidos no propósito da empresa, acreditam no significado e não querem abdicar de fazer parte desta jornada - que deixa de ser da pessoa jurídica e passa a ser de muitas pessoas físicas.

Bill George, professor da Harvard Business School e autor do livro “True North”, em português “O Verdadeiro Norte”, fala da importância da busca individual pelo caminho verdadeiro, onde fazemos aquilo que nos proporciona prazer e que nos permite sermos excelentes. O livro inclusive apresenta exercícios para que o leitor descubra seu verdadeiro norte. Os profissionais, assim como os clientes, estão cada vez mais esclarecidos e exigentes e possuem uma vastidão de ferramentas para se informar e se desenvolver.

Com isso, as empresas precisam adequar seus sistemas de remuneração, reconhecimento e desenvolvimento para atender ao público “clientes internos”, que devem ser efetivamente considerados “clientes”, pois, atrair bons profissionais já apresenta custos proporcionais ao de atrair bons clientes.

. Por: Tricia Neves, especialista em Administração de Recursos Humanos pela FAAP em São Paulo e sócia da Mapie Especialistas Estratégicos em Serviços.

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