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23/11/2010 - 09:10

Direitos humanos

A velha discussão sobre os direitos humanos está sempre em evidência, pois infelizmente a violência atingiu números alarmantes. Nesta semana, uma tragédia no centro do Rio chocou a todos e para variar a preocupação com o bandido logo se fez presente, diferentemente com o policial exterminado a sangue frio. Um radicalismo que merece a atenção de todos.

O soldado da PM Bruno Ferreira foi covardemente morto com um tiro na cabeça às vésperas do seu aniversário de 30 anos. No exercício da profissão, perseguiu os ladrões, mas ao se aproximar foi alvejado sem qualquer chance.

Não se sabe ao certo como tudo ocorreu e os relatos são das pessoas que atônitas se viram no meio da tragédia. Rapidamente vozes questionaram o tratamento dado ao “ser humano” que disparou friamente contra o PM. Questionaram o fato de ele ter sido agredido, chutado no rosto e se ele realmente foi baleado no local. Mas pouco se falou sobre a vida de Bruno, interrompida drasticamente por esse mesmo elemento que desperta a preocupação de muitos.

Devemos sim nos preocupar com a vida. Mas os direitos humanos são para todos. Devem ser respeitados, essencialmente para aqueles que se comportam como um ser humano, tendo atitudes de ser humano e respeitando a vida de outro ser humano.

Ao matar a queima-roupa o policial que o iria prender, esse assaltante em nada lembrou alguém que preocupa com o próximo. O fez com frieza, como se matasse um mosquito.

As mesmas vozes que buscam justificativas para a sua morte, deveriam exigir direitos humanos para o soldado que agonizou no chão e não resistiu a crueldade de um suposto ser humano, ou melhor, suposto ladrão.

. Por: Marcos Espínola, advogado criminalista.

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