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NDRC quer mais qualidade do que quantidade na atração de IED

A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (NDRC, na sigla em inglês) publicou, em 9 de novembro, relatório referente às novas prioridades para ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED) na China. O documento marca uma mudança retórica na política chinesa para atração desses investimentos, ao enfocar a qualidade ao invés da quantidade do investimento recebido. Contudo, não está claro em que medida o relatório poderá contribuir para tal mudança qualitativa.

Os investimentos nos setores de alto valor agregado e que incentivem atividades de pesquisa e desenvolvimento (P&D) serão privilegiados, ao passo que a demanda indiscriminada dos governos provinciais por IEDs será desencorajada.

O governo central deseja reduzir o peso dos investimentos em plantas de processamento de manufaturas de baixo valor voltadas para a exportação. Mesmo com a publicação do relatório, é pouco provável que o aspecto quantitativo diminua ou perca importância na China continental. Segundo analistas ouvidos pelo Economist Intelligence Unit, há algumas razões para que o país continue a valorizar o volume de IED. A principal está no fato de não haver incompatibilidade entre o ingresso de investimentos em setores de alto valor agregado e a atração de recursos externos para setores de mão-de-obra intensiva e de menor dinamismo tecnológico, estes últimos essenciais na geração de emprego. Analistas prevêem que os IEDs fiquem próximos de US$ 80 bilhões por ano nos próximos cinco anos.

Ainda que a política chinesa de ingresso de IED continue sendo permissiva, há indícios de que o governo central pode, ocasionalmente, retardar esforços estrangeiros para a compra de participações em empresas chinesas de setores considerados estratégicos. Em relação à indústria de serviços, por exemplo, a NDRC afirma que o país se abrirá de acordo com os termos previstos nos compromissos firmados na Organização Mundial do Comércio (OMC), mas que o fará de forma “prudente”.

Os investidores estrangeiros também deverão ter um desestímulo adicional ao ingressar no mercado chinês. Entre 2007 e 2008, o país passará por um processo de unificação de impostos, e muitos benefícios usufruídos por empresas de capital estrangeiro podem desaparecer com a reforma. Atualmente, tais empresas recolhem tributos que, em média, equivalem à metade dos recolhidos por empresas chinesas e, com a reforma, tal tratamento diferenciado deve ser eliminado.|Por: CEBC

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