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24/11/2010 - 11:11

EX atleta profissional de basquete assume seleção canadense


Brasileiro Victor Mansure se torna oficialmente técnico da Seleção de Basquete de meninos surdos ou com deficiência auditiva do Canadá.

Após jogar seis anos de basquete profissional no Brasil, Victor Martins Mansure, que imigrou com sua família para Montreal (CAN) em 2005, assume o controle da equipe Nacional de basquete de meninos surdos ou com deficiência auditiva do Canadá. O posto foi oficializado na última sexta-feira (19/11) pela Associação Esportiva de Surdos do Canadá (Canadian Deaf Sports Association – CDSA). Mansure, que já era o assistente técnico Canadense, e é o atual técnico da equipe do Quebéc, já defendeu as cores deste País no Campeoanto Mundial Sub 21 na Polônia, que aconteceu em Julho deste ano.

Há cinco anos morando no Canadá, e mais de três anos trabalhando para a Association Sportive des Sourds du Québec (ASSQ), este mês, não só recebeu o convite para ficar à frente da equipe, mas o técnico de 27 anos ja tem data definida para o próximo confronto internacional. Em Setembro do ano que vem o 3º Campeonato Mundial Adulto de Basquete para Surdos acontecerá em Palermo, na Itália. A equipe Brasileira também já está inscrita para este desafio. Outras informações no site www.palermo2011.org.

Victor Mansure que começou em 2007 na ASSQ, em menos de dois anos já tinha sido promovido, onde profissionalizou a equipe de basquete de Montreal. O que antes eram jogadores amantes do esporte, hoje se tornaram profissionais que defendem seu País em campeonatos Mundiais. Como técnico da região do Quebéc, Victor conseguiu com que a equipe jogasse a melhor Liga de Basquete de Montreal; Montreal Basketball League.

O ex atleta, graduado pela Universidade McGill, faculdade que também formou o inventor do jogo basquete, James Naismith, aprendeu a linguagem dos sinais com o tempo, e com a ajuda dos seus jogadores. "No primeiro dia em que comecei a trabalhar na equipe de meninos com deficiência auditiva, meu chefe colocou um interprete para me ajudar nos treinos e com a comunicação entre nós. Porém logo que consegui falar (gesticular) o abecedário na língua dos sinais, preferi aprender os gestos com os próprios atletas. Isso foi importante para entender a linguagem deles, e como eles conversavam entre si. Percebi que essa linguagem também tem seus dialetos. Aqui na região do Quebéc não só tive que aprender a língua dos sinais em inglês e francês, mas como depois de receber um jogador da Mongólia, alguns sinais desse País também." explica Mansure.

A Associação para meninos surdos tem como objetivo promover a atividade física, recreação e esporte entre eles, além de incentivar o desenvolvimento de atletas de alto nível que lhes permita participar em grandes competições, buscando também organizar programas regionais e competições provinciais.

A ASSQ nasceu em 13 de janeiro de 1968 quando um grupo de surdos em Montreal decidiu formar uma associação provincial para organizar os esportes com deficientes auditivos. Inicialmente era chamada "Association amateur des sports des sourds du Québec". Em Outubro de 1973, durante um Congresso em Sherbrooke, os membros adotaram um novo nome: "Fedération sportive des sourds du Québec Inc". Em Março de 1992, em reunião especial, os delegados e o conselho administrativo chegaram ao resultado final: "Association Sportive des sourds du Québec Inc."

Victor Mansure, que também já defendeu o Brasil quando atuou como jogador pela seleção Nacional de Basquete Sub-16 (Infanto-Juvenil, 1999 e 2000), deixou as quadras por conta de operações no joelho, com objetivo de ensinar o esporte. Graduado em Educação Física, seu trabalho de ano em ano recebe nao só novos adeptos jogadores, como novos integrantes, de outras áreas profissionais, para fazer parte deste time voluntariamente.

"A quadra sempre foi o meu refúgio. A bola, meu alicerce. Quero continuar desenvolvendo um bom trabalho, e profissionalizando ainda mais esta equipe, para que cada atleta e integrante dela se sinta realizado e feliz, independente das limitações que a vida os trouxe. A motivação que o esporte traz, além dos bons valores agregados a ele, ja são o suficiente para que essas crianças vivam vencendo barreiras e preconceitos." completa. | Danielle Marinho/Montreal

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