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25/11/2010 - 08:55

Conferência do Ano Internacional da Biodiversidade mostra que empresas conseguem ser sustentáveis e lucrativas

“O objetivo é levar o debate sobre sustentabilidade para o grande público”, com essa frase, o mediador Matthew Shirts, coordenador do projeto Planeta Sustentável da Editora Abril, conseguiu resumir o desejo de todos os participantes da última mesa redonda da Conferência Internacional do Ano da Biodiversidade, realizada ontem, 23, na Hebraica, em São Paulo. Shirts lembrou como assuntos relacionados a meio ambiente, sustentabilidade e diversidade biológica foram introduzidos gradativamente em todas as revistas da Editora.

Oswaldo Massambani, professor titular do IAG-USP (Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo), mostrou quais são as preocupações da Academia em relação à sustentabilidade e sua necessidade para a conquista de resultados. Para isso, explicou o funcionamento de RCE (Centros Regionais de Expertise), implantado pela USP, na cidade de São Paulo.

As empresas também foram convidadas a apresentar suas experiências no setor, mostrando que é possível aliar responsabilidade sócio-ambiental e lucros. Bruno Bogazza, gerente de Inovação Tecnológica da Bosch, afirmou que algumas atitudes dentro da própria empresa mudaram: “como a redução relativa de gás carbônico emitido e o programa Descarga Zero, que tenta transformar subprodutos em matéria prima ou fontes de energia”.

Já Giane Zimmer, gerente de Biodiversidade da Vale, destacou as principais políticas de sustentabilidade ambiental da mineradora: “ser um operador sustentável, ser catalisador de desenvolvimento local e ser agente global de sustentabilidade”. Atitudes postas em prática nos programas Vale Biopalma e Vale Florestar.

Victor Batista, gerente geral de Programas Corporativos da Siemens, mostrou como sua empresa tenta solucionar as megatendências mundiais de urbanização, mudanças climáticas, mudanças no perfil demográfico e globalização, dentro da própria empresa, com atitudes que vão desde possibilitar eficiência energética até a promoção do estudo Green City Index, que avalia mudanças nas governanças de cidades para que elas sejam menos poluidoras.

Marco Antônio Fujihara, coordenador da Comissão de Sustentabilidade do IBRI (Instituto Brasileiro de Relação com Investidores), afirmou que o consumidor demonstra nova percepção de sustentabilidade através de seus valores de consumo. Por isso, segundo ele, “os drivers de sustentabilidade devem estar incorporados ao relatório IFRS (International Financial Reporting Standard), aproximando as duas visões”.

Marcus Frank, sócio da McKinsey e Company, alertou que “biodiversidade não entrou na agenda corporativa da mesma maneira que outros temas como sustentabilidade e mudanças climáticas.”. As empresas, segundo ele, demoram um tempo para adquirir uma visão holística e de se comprometer com sustentabilidade.

Claudia Malschtizky, diretora executiva do Instituto HSBC de Sustentabilidade, afirmou que não há como tratar de sustentabilidade sem que haja transformação na governança de pensamentos e atitudes e isso só é possível levando informação e educando as pessoas. “E por que um banco pensaria em sustentabilidade? Porque transforma os negócios, trazendo benefícios como economia de recursos, fortalecimento da marca, aumento da eficiência, da produtividade e da transparência”. [www.humanitare.org/biodiversidade].

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