Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

25/11/2010 - 10:23

Anepac integra mutirão que pretende construir 23,5 milhões de casas até 2022

Entidade que congrega os mineradores produtores de areia e brita para construção civil estará presente no Construbusiness 2010, evento que vai apresentar à sociedade e aos poderes públicos um conjunto de planos e diretrizes direcionados à melhoria da infraestrutura e qualidade de vida do país.

Tendo como meta a diminuição do déficit habitacional do Brasil – hoje estimado em 23,5 milhões de moradias - a cadeia da construção civil desenvolve iniciativas com a pretensão de que até 2022 (ano do bicentenário da Independência) esse número seja reduzido substancialmente. Essa meta e outros desafios voltados ao fortalecimento ou implementação de políticas públicas para a habitação e infraestrutura serão apresentados no 15º Construbusiness, dia 29 de novembro, no auditório da Fiesp, em São Paulo.

A ANEPAC – Associação Nacional das Entidades de Produtores de Agregados para a Construção Civil contribui diretamente para o enfrentamento desse desafio, quer participando da concepção desses planos com outros segmentos empresariais da cadeia da construção quer mobilizando as entidades regionais e empresas associadas para que estejam preparadas para esse novo momento do segmento da para construção civil e desenvolvimento de obras de infraestrutura. Na base dessa cadeia, a indústria de agregados dispõe dos produtos essenciais, a brita e areia, que juntamente com o cimento constituem o concreto, formado por até 82% de agregados e 10% de cimento, complementando por água e aditivios químicos.

A importância dos agregados para que essa meta de redução do déficit habitacional pode ser avaliada por levantamento feito pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo – FIPE para o projeto “Diretrizes para a Mineração de Areia na Região Metropolitana de São Paulo”. Nele se constatou que, em autoconstrução, uma unidade básica de 35 m² consome 21 toneladas de agregados; em habitações populares, uma unidade básica de 50 m² consome 68 toneladas; um edifício público de 1.000 m² utiliza 1.360 toneladas, uma escola padrão de 1.120 m², 1.675 toneladas. Em pavimentação urbana, um quilômetro de via pública de 10 metros de largura consome entre 2.000 toneladas a 3.250 toneladas. Um quilômetro de estrada vicinal, 2.800 toneladas; uma estrada pavimentada normal, cerca de 9.500 toneladas por quilômetro.

Desafios - “Nosso setor está pronto para encarar esse desafio de atacar o déficit habitacional. Vamos fornecer agregados com qualidade, dentro de um processo que inclui a retirada, o processamento e a entrega dessas matérias-primas de forma sustentável”, afirma Ednilson Artioli, presidente do conselho de Administração da Anepac.

Ednilson ressalta que o setor precisa de regras mais claras no que diz respeito ao licenciamento ambiental e também em relação ao mapeamento geológico das reservas de forma que o setor representado pela Anepac possa agir de forma estruturada, preservando um bem natural que é fundamental para o futuro. Essas reivindicações da Anepac, estão no documento do Construbusiness a ser enviado à presidente eleita e demais autoridades.

“Precisamos urgente de um ordenamento territorial para a exploração de agregados. Com isso ampliaremos nossa ação sustentável e preservaremos reservas para atender as demandas crescentes das futuras gerações. Ocorre que os bens minerais são da União e compete a ela iniciar esse processo”, diz o presidente.

De acordo com documento aprovado pelo Conselho Superior da Indústria da construção (Consic) e pelo Departamento da Indústria de Construção (Deconcic) da Fiesp, integrado pela Anepac, construir 23,5 milhões de novas moradias nesses 12 anos, vão exigir investimentos de R$ 3 trilhões ou R$ 255 milhões, em média, por ano. Isso equivale a 5,7% do PIB. Hoje o investimento em habitação é de cerca de 4% do PIB nacional.

Ednilson lembra que para atingir essas metas é preciso, dentre outros, produtividade e competitividade; novas fontes de financiamentos; criação de uma política habitacional; oferta de terrenos; sustentabilidade; eliminação da morosidade burocrática e participação crescente da iniciativa privada.

Construbusiness - Há 15 anos a Fiesp, em parceria com mais de 100 entidades ligadas à Indústria da Construção reunidas pelo seu fórum Construbusiness, elabora propostas que auxiliam o governo no desenvolvimento socioeconômico do País. É o principal e mais importante fórum que integra governo e iniciativa privada para debate, elaboração, promoção e fortalecimento de políticas públicas para a infraestrutura e habitação de desenvolvimento sustentável do setor e do país.

Anepac- A Associação Nacional das Entidades de Produtores de Agregados para Construção Civil, representa os interesses de todos os produtores e entidades ligadas ao setor de areia e brita. Criada em maio de 1995, a entidade, desde então, contribui com poderes públicos e órgãos intersetoriais no sentido de defender os interesses do setor que representa.

O termo “agregados para a construção civil” é empregado para identificar um segmento do setor mineral que produz matéria-prima mineral bruta ou beneficiada de emprego imediato na indústria da construção civil. Insumos estratégicos para a indústria da construção civil são praticamente insubstituíveis.

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira