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27/11/2010 - 08:20

Curso capacita profissionais de saúde para atendimentos emergenciais em casos de acidente vascular cerebral

Programa de Aperfeiçoamento Continuado no Tratamento do Acidente Vascular Cerebral – Pacto AVC percorreu setecidades do País e capacitou 576 profissionais; Agilidade no atendimento diminui sequelas e aumenta qualidade de vida dos pacientes.

Popularmente conhecido como derrame cerebral, o AVC é uma das principais causas de mortes no planeta. Dados da OMS – Organização Mundial de Saúde apontam mais de cinco milhões de óbitos por ano. No Brasil, a cada três mortes por eventos cardiovasculares, duas são por AVC e uma por infarto do miocárdio. Entretanto, o rápido reconhecimento e consequente tratamento desses casos podem aumentar as chances de sobrevivência e contribuir com a diminuição das sequelas ocasionadas nas pessoas atingidas pela doença.

Com o objetivo de capacitar profissionais de saúde e equipes interdisciplinares na identificação e eficácia no atendimento emergencial de casos de AVC, neurologistas da Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares iniciaram em 2005 um programa de treinamento dos hospitais públicos e privados, além do SAMU, que recebeu o nome de Pacto AVC - Programa de Aperfeiçoamento Continuado no Tratamento do Acidente Vascular Cerebral.

A iniciativa visa promover atendimento fundamental de emergência para o tipo mais comum de AVC, o isquêmico, que corresponde a 85% dos casos. Este ano, o treinamento aconteceu nas cidades de Recife, São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte, Campinas, Goiânia e Rio de Janeiro, capacitando no total 576 profissionais da área de saúde.

“Boa parte das mortes relacionadas ao AVC poderia ser evitada se houvesse uma melhor divulgação dos critérios de tratamento exigidos nos casos de emergências médicas. Dentro das recomendações internacionais, hoje podemos tratar os pacientes até 4,5 horas depois do início dos sintomas”, afirma a neurologista Sheila Martins, presidente da ONG Rede Brasil AVC, que vem auxiliando as Secretarias Municipais e Estaduais de saúde na organização dos hospitais públicos e do SAMU para o atendimento emergencial do AVC, além de capacitar a rede básica para a prevenção e realizar campanhas educacionais para alerta da população.

O Pacto AVC tem o apoio do Laboratório Boehringer Ingelheim do Brasil.

Sintomas- A manifestação de algumas irregularidades pode ajudar na detecção de sintomas do AVC. Constatada a presença de um ou mais destes sintomas, a pessoa deve procurar o serviço de emergência imediatamente. Os principais são: .Fraqueza ou formigamento na face, no braço ou na perna, especialmente em um lado do corpo. |.Confusão, alteração da fala ou compreensão |. Alteração na visão (em um ou ambos os olhos). |.Alteração do equilíbrio, coordenação, tontura ou alteração no andar.|.Dor de cabeça súbita, intensa, sem causa aparente.

Tratamento- O Protocolo de Tratamento Emergencial ao Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCI) inclui a administração do medicamento alteplase (r-TPA). Trata-se do primeiro e único trombolítico (medicamento que dissolve o coágulo que obstrui a passagem do sangue para o cérebro) aprovado pelas principais diretrizes nacionais e internacionais de tratamento do AVC. Quando administrado no intervalo de zero a quatro horas e meia do início dos sintomas, o medicamento aumenta em até três vezes as chances de uma recuperação completa, sem sequelas como incapacidade de fala, locomoção, distúrbios de memória e raciocínio. Tal característica possibilita a melhora significativa da qualidade de vida daqueles que são acometidos pelo AVCI.

Atualmente cerca de 85% dos casos de AVC são de origem isquêmica (ocasionados pelo entupimento do vaso sangüíneo por meio de um coágulo) e o trombolítico, se utilizado dentro desta janela terapêutica, consegue dissolver o coágulo e aumentar em 30%, no mínimo, o número de pacientes sem seqüelas causadas pela doença.

Devido a isso, a finalidade das unidades de AVC, com protocolos rígidos e científicos, é identificar os pacientes com perfil para o uso desse tratamento com critérios de inclusão e exclusão. Nestas unidades os pacientes serão atendidos por uma equipe multidisciplinar, o que agilizará o tratamento desses pacientes, diminuindo assim as complicações decorrentes do AVC.

Para que o atendimento seja realizado de forma correta, torna-se necessária a educação, tanto da população como dos profissionais e instituições de saúde, no sentido de reconhecer os sinais de alerta indicativos de um AVC, e que a fase aguda seja considerada como uma situação de emergência e não de observação.

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