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27/11/2010 - 09:33

Toz, Chivitz, Binho Ribeiro, Minhau e Mateu Velasco assinam a coleção Arte Urbana do Spoleto


Nomes da arte contemporânea exploram outros segmentos e levam suas obras para série de pratos de porcelana.

Os nomes deles figuram entre os novos expoentes da arte contemporânea brasileira. Seus traços podem ser encontrados e admirados nas ruas de capitais do país e internacionais, em eventos esportivos, na moda, na decoração e em outros espaços. Toz, Chivitz, Binho Ribeiro, Minhau e Mateu Velasco estreiam no mundo da gastronomia e do colecionismo e assinam a série de pratos de porcelana Arte Urbana. As oito peças reproduzem o traço principal de cada artista, sua marca registrada.

A coleção faz parte do projeto cultural lançado pelo Spoleto em agosto (com uma série de copos assinada por outros artistas), que se propõe a aproveitar os mais de 200 restaurantes da rede como pontos de difusão da street art brasileira, estimulando e viabilizando o convívio com a arte contemporânea em todo o país. A empresa investiu R$ 2 milhões na iniciativa, que distribuirá, a partir do dia 1º de novembro, 165 mil pratos em 23 estados e no Distrito Federal. Ao todo, durante o segundo semestre, serão distribuídas 330 mil peças colecionáveis e exclusivas.

Para lançar a coleção Arte Urbana, os cinco artistas farão intervenções na cidade nas capitais do Rio de Janeiro e de São Paulo durante os meses de novembro e dezembro. Toz realizará uma ação de live painting na lateral do Hotel Marina (localizado na Zona Sul carioca), num painel de 18,10m de altura fixado na parte mais alta do empreendimento. Já o desafio de Mateu, Chivitz, Binho e Minhau será pintar um prato gigante (de dois metros de diâmetro, no mínimo) na frente do público: uma ação que acontecerá no Museu de Arte de São Paulo (MASP).

Os artistas - Grafiteiro, artista plástico e integrante do coletivo carioca Fleshbeckcrew, o baiano Toz, 34 anos, radicado no Rio de Janeiro desde os 14, é um dos mais promissores talentos da arte contemporânea brasileira. Seus traços peculiares são reconhecidos nas ruas da cidade e alguns desenhos, como a boneca Niña, podem ser considerados sua marca registrada. Ele se diz empolgado com o desafio duplo (prato + live painting). “É a primeira vez que faço um trabalho do gênero e acho importante levar a arte a espaços cada vez mais diferentes e ainda participar de uma ação social”.

Binho Ribeiro é um dos pioneiros da cultura do grafite na América Latina. Como cenógrafo, seu trabalho poder visto no cinema, em filmes como O Magnata e Bicho de Sete Cabeças, e ainda em diversos eventos, sobretudo aqueles ligados ao universo Hip Hop. O domínio sobre o tema o credenciou, inclusive, para a curadoria de eventos como Basement e Hutuz. “É sempre muito importante ter nossa obra exposta com qualidade e valorização ao artista, podendo atingir outros tipos de público e admiradores, deixando referências e conceitos do que acreditamos e produzimos. Estilos, formas e cores que refletem nossa história nas ruas por onde passamos e pintamos”, declara Binho, 39 anos, artista e curador da 1ª Bienal Internacional de Graffiti Fine Art no MUBE São Paulo 2010.

Com traços característicos e cores marcantes, Chivitz se diverte retratando em paredes sua vivência na atmosfera urbana de São Paulo. Seu grafite aborda e transborda criatividade nas interfaces da cidade, como o skate, a tatuagem e o Hip Hop, entre outras culturas urbanas. Seu estilo é inconfundível e conversa de maneira bem humorada com o povo nas ruas, a maior inspiração do artista. Faz parte do coletivo Neurose Urbana Crew, de grafiteiros e tatuadores.

Única mulher do grupo, quem transita principalmente pela região central de São Paulo já cruzou com algum “gatinho” da grafiteira Camila Pavanelli, ou melhor, Minhau. O próprio apelido da artista nos remete a toda sua personalidade artística. Com gatos enormes, de textura colorida e traços fortes, ela se destaca com maestria nas ruas por onde habitam suas pinturas e conquistou seu espaço num universo masculino. Para Minhau, a cidade e sua arquitetura sugerem muitas possibilidades de intervir com seu trabalho, que a cada dia cativa mais o público na cena da arte urbana brasileira.

Outro nome estabelecido no meio da arte contemporânea, Mateu Velasco, 29 anos, já expôs em Paris, Lisboa e Nova Iorque, com obras repletas de referências urbanas misturadas a signos lúdicos. Uma das características de seu trabalho é a intervenção em objetos do cotidiano. "O legal do trabalho com Spoleto é que os pratos deixam de ser um simples objeto com as artes impressas, eles acabam ganhando uma nova função. Mais um desdobramento de como a arte de rua já está incorporada ao nosso dia a dia e sinal de que as pessoas gostam do que veem por aí”, conclui o artista, que trabalha há dez anos também como ilustrador para o mercado editorial, publicitário e têxtil.

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