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30/11/2010 - 08:43

Brasileiro fica em 4º lugar no Mundial de Ultraman no Havaí


Tetracampeão mundial da prova, Alexandre Ribeiro passa mal nos três dias de competição, mas ainda assim termina em quarto com o segundo melhor tempo da dupla maratona.

Tetracampeão mundial do Ultraman do Havaí, o triatleta brasileiro Alexandre Ribeiro, 45 anos, completou a edição deste ano do desafio, em Big Island, com o tempo total de 23h56m42s, ficando em quarto lugar na classificação geral. O francês Mike Le Roux (21:55:57), o sueco Jonas Colting (22:19:54) e o norte americano Slater Fletcher (22:21:54) ficaram, respectivamente, em primeiro, segundo e terceiro. No feminino, a grande campeã foi Amber Monforte, dos Estados Unidos, com 24h07m11s, seguida pelas também americanas Hillary Biscay (24:40:28) e Shanna Armstrong (24:43:57). A prova teve largada na última sexta às 6:30h (horário local) e terminou ontem (domingo) por volta das 21:30h (horário do Brasil).

Esta foi a sexta participação do brasileiro na competição, que compreende 10km de natação, 421km de ciclismo e 84km de corrida. Alexandre Ribeiro já havia vencido o desafio quatro vezes (2003, 2005, 2008 e 2009) e ficado em segundo em 2007. Apaixonado por provas de resistência, há quatro meses ele vinha treinando exclusivamente para esta edição na tentativa de conquistar o pentacampeonato.

Uma prova de superação - Ribeiro fez uma excelente natação no primeiro dia, saindo da água após cumprir os 10km em décimo lugar com o tempo de 2:44:31, o melhor de todos que já fez em um Ultraman. Iniciou bem os 145km de ciclismo do dia e recuperou posições, mas quando já estava em segundo lugar começou a passar muito mal. Vomitou diversas vezes e ficou parado por quase uma hora tentando se recuperar para seguir em frente. Perdeu muitas posições e concluiu a primeira etapa em sétimo no geral, com uma diferença de 1h16m para o primeiro colocado, o sueco Jonas Colting. “Tomei um gel de carboidrato de sabor diferente no início do ciclismo que não me caiu bem. Acho que juntou isso com o tanto de água salgada que eu já havia ingerido na etapa da natação e a combinação causou um super mal estar que, infelizmente, me acompanhou durante dos três dias de prova, comprometendo a minha performance”, contou Ribeiro.

No segundo dia, quando os atletas tinham pela frente mais 276km, Colting seguiu na liderança e Ribeiro manteve a sétima colocação no geral. O brasileiro se recuperou um pouco e chegou a pedalar no bloco dos três primeiros, mas teve um pneu furado e voltou a passar mal, o que o forçou a parar novamente em vários trechos do percurso.

O terceiro e último dia do desafio foi dedicado à dupla maratona. Conhecido por ser um excelente corredor, o brasileiro - apesar de muito fraco devido à desidratação causada pelos episódios anteriores - liderou toda a primeira maratona (a qual completou com a excelente marca de 3h06m), mas o esforço acabou fazendo-o passar mal novamente. A apenas um quilômetro da linha de chegada, o atleta teve que deitar no chão para recuperar forças.

Apesar de todos os problemas enfrentados nos três dias de prova, Alexandre Ribeiro fez o segundo melhor tempo da ultramaratona (6h59m), recuperando assim várias posições e ficando em quarto no geral. Feliz e aliviado por ter conseguido completar o extenuante percurso após tantos problemas, Ribeiro cruzou a linha de chegada ao lado dos três filhos (Kaillani, Kaipo e Maila, de 13, 8 e 5 anos respectivamente) e do amigo de longa data, José Carlos Ponciano, que atuaram no staff do atleta, auxiliando na sua alimentação, hidratação e dando todo o apoio psicológico.

Mesmo com tantas dificuldades, o atleta conta que em nenhum momento pensou em abandonar a prova e que a presença dos três filhos foi fundamental pra ele conseguir ir até o fim. “Esta edição foi muito dura para mim. Passei mal os três dias, perdi muitas posições, me desidratei e ainda tive problemas com a bike. Mas, enfim, Ultraman é isso. Cada prova é uma prova. A gente se prepara física e psicologicamente, treina forte, faz tudo certinho, mas nunca sabe o que vai encontrar pela frente. De qualquer forma, não tem preço cruzar mais uma linha de chegada aqui ao lado dos meus três filhos. Essa sensação compensa todo o esforço e sacrifício”, declarou o atleta, que ainda não definiu o calendário de provas para 2011. | www.ultramanlive.com

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