Feira Rio Infraestrutura fecha R$ 55 milhões em negócios na primeira edição

Guindastes, empilhadeiras, motoniveladoras são destaque de vendas no evento. A Feira de Produtos e Serviços para Obras de Infraestrutura, que aconteceu entre os dias 17 e 20 de novembro no Riocentro, já conta com empresas interessadas na edição 2011.

A Reed Exhibitions Alcantara Machado e a Fagga Gl events fecharam no último sábado, dia 20/11, no Riocentro, a Rio Infraestrutura 2010 (Feira de Produtos e Serviços para Obras de Infraestrutura) com R$ 55 milhões em negócios gerados e mais de seis mil compradores de grandes empresas credenciados. Os maiores players do mercado reuniram-se por quatro dias no Riocentro e consolidaram o evento como um importante canal de negociação para dar agilidade às obras de infraestrutura previstas para o país. As máquinas pesadas foram os produtos que mais despertaram a atenção dos visitantes, que aproveitaram a participação de fabricantes e revendedores para comprar equipamentos de grande porte como empilhadeiras, motoniveladoras e guindastes.

Segundo Arthur Repsold, presidente da Fagga | GL events Brasil, tivemos a presença de um público altamente qualificado e os maiores compradores das empresas locadoras, empreiteiras, construtores, todos interessados em estreitar o canal de negociação.

— Com o sucesso da Feira, já definimos que a Rioinfra fará parte do calendário da cidade do Rio de Janeiro. Mais de 50% dos expositores se inscreveram para participar da próxima edição explica o executivo.

- "A movimentação financeira informada por alguns expositores demonstra o potencial desse setor, que tem muito a contribuir com as futuras obras a serem implementadas em todo o País. Dada a importância dessa mostra, estaremos trazendo algo semelhante para outras capitais nos próximos meses", acrescenta Juan Pablo De Vera, Presidente da Reed Exhibitions Alcantara Machado

Um dos pontos altos do evento foi a área externa do pavilhão, que proporcionou aos expositores a apresentação de máquinas e equipamentos de grande porte, entre elas, guindastes, bombas de concreto e geradores. Uma delas, a empresa Madal, levou um guindaste que custa R$ 800 mil, tem 36 metros de altura, agüenta até 1 tonelada e é movido por controle remoto. Já a chinesa Sany também optou por expor na área externa para ter a possibilidade de expor seus produtos. A empresa comercializou dois guindastes, duas escavadeiras e um rolo compactador de 12T geraram R$ 2,7 milhões em negócios. A Sany está construindo uma fábrica em São Paulo e apostou no evento para ampliar a participação no mercado brasileiro. Sotreq, Sermáquinas, WRO, Tadano, Soluções Premoldadas, Concargo Equipamentos também utilizaram a área externa da feira.

A Sotreq vendeu cerca de 57 máquinas, entre miniempilhadeiras e retroescavadeiras, totalizando R$ 12 milhões em negócios na feira. Outra empresa que comercializou produtos foi a Comingersoll. Especializada em equipamentos para construção civil, a marca teve volume de vendas superior a R$ 6 milhões, o equivalente a comercialização de aproximadamente 20 equipamentos. A BMC também obteve bons resultados, vendendo oito equipamento, o equivalente a R$ 4 milhões em negócios. Já a Bauko/Komatsu fez negócios na ordem de R$ 3 milhões com a venda de três escavadeiras, quatro tratores de esteira e duas pás carregadeira.

— O público foi bastante qualificado, importantes empresários, engenheiros e técnicos, que tem poder decisório no fechamento de negócios — disse o gerente regional do Rio, Guilherme Gondim.

A Rio Máquinas, distribuidora exclusiva das marcas Hyundai, XCMG, Shantui e Zoomlion para o mercado nacional, comercializou nas primeiras quatro horas de evento cinco equipamentos de grande porte, totalizando R$ 2 milhões em negócios. Uma delas, a motoniveladora, foi lançada com exclusividade no evento e já teve um exemplar vendido. A máquina, usada para a abertura de estradas, foi desenvolvida por técnicos da Rio Maquinas em parceria com técnicos da Fabricda da XCMG chinesa, exclusivamente para atender as necessidades do mercado nacional.

Entre as novidades trazidas para o evento está um gerador flex movido a gasolina ou álcool, lançado no evento pela FPT, em parceria com a Grameyer e Jimenez. O equipamento é destinado a clientes como pequenos hotéis, postos de combustíveis, escolas e comércio de pequeno porte. Um gerador da empresa de 248 KVA foi comprado pelo supermercado Gerezim, de São Gonçalo. Também presente na feira, o Stick Lock substitui as telas de metal por microfibra sintética estrutural de polipropileno aditivado, permitindo criar um sistema de reforço no concreto de alto desempenho. Além de gerar economia, já que o material é 50% mais barato que as telas metálicas, não enferruja e tem maior durabilidade.

Mão de obra qualificada - Até 2016 estão previstas 9.550 obras em todo o Brasil. Com a forte demanda de obras, a formação profissional tornou-se mais um desafio para o mercado. De olho na necessidade de treinamento, a ArcelorMittal promoveu durante o evento cursos gratuitos para pedreiros e mestre de obras. Mais de 50 operários participaram das aulas no caminhão-escola da empresa, que também ficou na parte externa do evento. Os professores do curso Maq Operações, especializada no treinamento de operários para máquinas pesadas como empilhadeiras, tratores, guindastes e escavadeiras, levaram 30 alunos para conhecer de perto os equipamentos. Segundo Jeferson Barros, professor da Maq Operações, o IBGE no Brasil divulgou recentemente um déficit de nove mil operadores, o que vem obrigando as empresas a importar profissionais de outros países.

— O Brasil é um dos únicos países da América Latina que não têm um curso técnico para estes profissionais. Somos o primeiro curso no Brasil para operadores de máquinas pesadas. Este tipo de formação é importante porque cada tipo de serviço e equipamento exige uma habilidade especifica — explica.

O evento conta com grandes construtoras, empreiteiras e incorporadoras; empresas públicas, governos, prefeituras, secretarias e autarquias; instituições financeiras e bancos; empresas privadas e investidores; Autoridade Pública Olímpica (APO); organizadores de eventos esportivos; concessionárias de rodovias, ferrovias e aeroportos; hidrelétricas e usinas; portos e terminais de carga; e redes hoteleiras. Entre as empresas participantes foram Bauko, Madal, Ergomax Sany, Meincol, Sotreq AS, TKA Guindastes, Dancor S.A. Indústria Mecânica, Newton, Gascom, PW Hidro, Iveco, BMC, Aerzen, Etruria, Volvo, Tadano/TDB Gedore, Atlas Copco, Ducargo Logística, FPT Powertrain, Carbat do Brasil, Boomerang Systems, Conex, Transdata, ArcelorMittal, Delta, Armo Staco, Andrade Gutierrez, ECO Aterro, LFL – Zoomlion, Soluções Pré Moldadas / PNN, Baska, Consórcio ARG-Civilport, BH Máquinas, Carvalhão, Karga Rio, GH Supply, Desmontec, Superpesa e Queiroz Galvão.