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02/12/2010 - 08:41

Prêmio revela as boas práticas com o pet reciclado

Em sua 11.ª edição, evento recebeu inscrições de trabalhos de todo o Brasil.

O Prêmio EcoPET chega à sua 11.ª edição homenageando no dia 1º de dezembro (quarta-feira), os vencedores de suas seis categorias, durante cerimônia realizada às 17 horas, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP). Conferida anualmente pela Associação Brasileira da Indústria do PET (Abipet), a premiação foi criada com o objetivo de estimular e desenvolver o uso do PET reciclado nas áreas de Educação Ambiental, Ação de Empresa, Arte e Moda, Coleta e Separação, Pesquisas e Processos e Reportagem Ambiental.

O vencedor na categoria Ação de Empresa é o Instituto HSBC Solidariedade, com o trabalho ComPETção. A gincana, que visou sensibilizar e incentivar os 3,5 mil colaboradores da instituição financeira em todo o País a fazerem a coleta e reciclagem do PET, possibilitou a maior integração e o exercício da cidadania dos envolvidos, beneficiando diretamente 19,5 mil pessoas.

O jornal Brasil Econômico é o vencedor na categoria Reportagem Ambiental. A jornalista Martha San Juan França foi premiada pela reportagem intitulada “Indústria de PET reciclado é maior que coleta”. A categoria confere ainda duas menções honrosas. A revista Isto É foi destacada pela reportagem “O vai e vem globalizado do lixo”, do jornalista André Julião, e o programa “Trilhas do Brasil” - transmitido pelo SBT de Goiânia - pela série de reportagens “Coleta seletiva – uma atividade sócio-ambiental”, da jornalista Rosângela Aguiar.

Os demais vencedores serão conhecidos durante a cerimônia de premiação, quando os finalistas apresentarão seus projetos. Um corpo de jurados composto por especialistas do setor e em meio ambiente, além da platéia, que tem direito a voto, vão eleger os principais trabalhos. Os finalistas nessas categorias são:

Categoria Educação Ambiental: . Reciclar é pensar no futuro – O projeto tem autoria das professoras Eva Belmira Cassiano Fagundes e Deise Maria Krüs, da escola de Educação Básica de São José, da cidade de Herval D’Oeste (SC). Em seus nove anos de existência,o trabalho contemplou atividades variadas de conscientização como a visita a lixões, aterros controlados, usinas de reciclagem, palestras, campanhas, exposições, ações nas semanas do Meio Ambiente, entrega de mudas, plantação e arrecadação de alimentos. A iniciativa foi premiada pela Brasil Foundation por dois anos consecutivos, em 2008 e 2009. Como resultado, a coleta seletiva da cidade será iniciada em 2011, ficando a cargo do projeto a responsabilidade pela educação ambiental da população.

. Percussucata – De autoria do professor de Brasília, Marcelo Capucci, o trabalho faz uso de vivências musicais, divulga informações ambientais e recicla PET para o desenvolvimento da consciência ambiental e de cidadania de alunos do ensino fundamental. Já beneficiou 26.285 alunos de escolas públicas da periferia da cidade, que recebem as informações sobre o PET de seus professores antes do show de percussão que o professor apresenta com instrumentos musicais. Os alunos recebem ensinamento sobre meio ambiente, participam do show e aprendem que é possível fazer música a partir de garrafas PET. Com três anos e meio de duração, já visitou muitas escolas da periferia do Distrito Federal - há um ano conta com o patrocínio da Petrobras.

Categoria Pesquisas e Processos: Pet Gol - Empresário especializado em brindes promocionais sustentáveis, Alexandre Henrique Oliveira, da Ecobrindes, resolveu aproveitar o acesso a uma gama de matérias-primas para produzir o Pet Gol. Lançado na época da Copa 2010, cada unidade do futebol de dedo é responsável por retirar do meio ambiente quatro garrafas de 2 litros de PET e 250 gramas de papel. Com design atraente, já vendeu mais de 15 mil unidades em todo o Brasil.

.Saco de dormir descartável – O estudante de Engenharia Química da PUC do Paraná, Giuliano Bergamin, desenvolveu o saco de dormir descartável com uma isolação térmica em PET reciclável para ser utilizado por moradores de rua em dias de frio. Para sua confecção, os flocos de PET são utilizados para o isolamento térmico, os cavacos de PET são distribuídos sobre um filme de polietileno e em seguida uma manta de alumínio fina potencializa a isolação térmica. Com duração de, no máximo, cinco dias de uso, foi criado para ser entregue junto com a sopa aos moradores de rua, com o objetivo de evitar mortes dessa população provocadas pelas baixas temperaturas de Curitiba.

. Projeto gráfico – O empresário Julio César Mendroni implantou seu projeto de substituição da resina PET original pela reciclada, na fabricação de produtos promocionais. Também estimulou os clientes a descartarem corretamente esses produtos, ainda que o material já tivesse sido reciclado uma vez e criou uma rede de comunicação com os clientes e as cooperativas por meio de um mapeamento das empresas envolvidas. Iniciado em setembro de 2009, o uso do PET reciclado proporcionou um custo melhor de matéria-prima para um resultado final semelhante, tanto na função quanto na aparência dos materiais promocionais. Além disso, agregou um valor à empresa e aos clientes, graças à prática sustentável e de preservação do meio ambiente.

.EcoVigas – Menção Honrosa - Os engenheiros do interior de São Paulo, Éder Sócrates Najar Lopes e Rodrigo Ferro, idealizaram um projeto de estruturas para telhados de PET reciclado para casas populares, em substituição à madeira tradicionalmente utilizada no vigamento das habitações. De acordo com o projeto criado em 2007, para a fabricação de um telhado de 50 metros quadrados – tamanho médio de uma casa popular – são necessários 350 quilos de PET. Apesar do produto ter passado por testes como de deformação do material, ainda não foi colocado no mercado.

Coleta e Separação: . Cooperativa Fênix Ágape – Tem 26 colaboradores remunerados e beneficia diretamente 120 pessoas do bairro de Itaim Paulista, na zona Leste de São Paulo, de acordo com a recicladora Francisca Gomes Rabelo. Cada colaborador remunerado arrecada R$ 510,00 mensais. A cooperativa coleta em torno de 4,5 toneladas de materiais recicláveis por mês. Reune donas de casa e jovens desempregados da região, que viram no lixo descartado pela comunidade uma oportunidade de ganhar o sustento. O objetivo é dar continuidade ao trabalho de inclusão e geração de trabalho e renda, buscando contribuir para a conscientização ambiental da população.

. Reciclação – A ONG Associação dos Agentes Recicladores do Crato (AARC), no Ceará, tem 20 associados remunerados por produção, que ganham entre R$ 250,00 e R$ 320,00. Coleta entre 5,6 e 6,8 toneladas de material reciclável por mês, sendo que 10% do volume é de garrafas de PET. Com cinco anos de existência, a AARC nasceu do cadastramento de catadores realizado pela Secretaria do Meio Ambiente e Controle Urbano de Crato em parceria com a Universidade Regional do Cariri. Entre seus objetivos destacam-se a retirada do catador do ambiente insalubre do trabalho em lixões, a sua reintegração social através da geração de renda e ações de cidadania, contribuindo para a destinação adequada dos materiais recicláveis.

.Camapetbiju – A Camapet, de Salvador (BA), reúne 25 cooperados, que recebem uma renda mensal entre R$ 300,00 e R$ 380,00, proveniente da comercialização das peças que produzem à base de PET reciclado, como brincos, pulseiras, colares, chaveiros, luminárias e cortinas. Formada em 1999 por jovens e adultos catadores da comunidade de Alagados, Itapagipe, a cooperativa beneficia 124 pessoas e busca a conscientização ambiental, a satisfação do consumidor e o aumento da renda dos cooperados. A Camapet coleta 1,5 tonelada de PET ao mês e foi premiada com o 7.º FIEB Desempenho Ambiental e o Top100 do Sebrae para as 100 melhores unidades de artesanato do Brasil. Hoje, está implantando uma unidade de produção de jóias a partir da reutilização do PET, em parceria com a Universidade do Estado da Bahia.

Arte e Moda: .Vallereciclar – A autora Flávia Nascimento do Valle produz 20 peças por mês de bijuterias e cadernos de anotações, utilizando técnicas de reciclagem, pintura e montagem. Desde 2008 desenvolve esse trabalho e criou um blog onde dissemina informações sobre a preservação do meio ambiente. Flávia mora em Brasília. | [vallereciclar.blogspot.com]

. Instituto Ipê – A parceria iniciada em 2009 com a artista plástica Adriana Honório, que conta com os assistentes Marli e Rafael, resulta na produção de roupas e luminárias. Os artesãos utilizam as técnicas de tecelagem, pintura, mosaico e criação de estruturas em arame e madeira. Os artigos são vendidos ou trocados por garrafas PET e o resultado da ação volta para o projeto Recicla Cerrado [www.ipecultura.org.br]. Mensalmente, os artesãos recebem auxílio bolsa de R$ 300,00, além de auxílio alimentação, vale-transporte e lanches. É desenvolvido ainda um trabalho de estímulo à educação, plano de desenvolvimento de carreira e saúde bucal. A proposta do projeto de artes plásticas gerou um batalhão de pessoas interessadas em aprender a técnica e evitar o descarte do PET.

.Orquídeas e florais no Brasil – A mineira Margareth Aparecida dos Santos produz flores, roupas e luminárias que são destinadas a exposições, mostras e vendas. Depois de esterilizado, o material PET, que é seu carro-chefe, é separado por cor e recortado em moldes, escolhidos de motivos da natureza, como orquídeas nativas do Brasil. O objetivo do trabalho é utilizar o PET de maneira consciente, transformando-o em florais da mata atlântica e do cerrado, aumentando o conhecimento sobre as espécies nativas e sobre as questões sustentáveis por meio do consumo responsável.

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