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02/12/2010 - 09:05

Mercado de carroçarias de ônibus cresce em 2010, mas deve frear em 2011

São Paulo – Quarto maior produtor mundial de carroçarias de ônibus, com uma capacidade instalada para fabricar entre 40 a 41 mil unidades, a indústria está terminando 2010 com produção da ordem de 32.600 unidades e um crescimento de 30%, quando comparadas as 25.043 carroçarias produzidas em 2009. No acumulado de janeiro a outubro do exercício em curso, as empresas da área fabricaram 26.624 unidades, ante as 20.181 unidades de igual período de 2009.

Do volume previsto para ser fabricado no presente exercício, 28.200 unidades deverão ser comercializadas, registrando crescimento de 33,56% sobre as 21.114 unidades vendidas no mercado doméstico em 2009. As exportações responderão por 4.400 unidades e ficarão 14,91% acima das 3.829 carroçarias exportadas no ano passado. “A carga tributária elevada, juros altos, infraestrutura deficiente e dólar muito desvalorizado prejudicaram as exportações, no que diz respeito ao poder de competitividade dos produtos brasileiros”, declara José Antônio Fernandes Martins, presidente do Simefre (Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários).

Produção por modelo de carroçaria: .Carroçarias urbanas -----18.950 unidades |. Carroçarias Rodoviárias ------ 6.530 unidades |. Carroçarias Micros ônibus------3.600 unidades |. Carroçarias Mini ônibus -----1.450 unidades |. Carroçarias Intermunicipais ----2.070 unidades.

Perspectivas 2011 – Operando com 80% da capacidade instalada, a indústria de carroçarias de ônibus, segundo Martins, deve sofrer queda de 4% a 6% em 2011 no volume de produção quando comparado ao resultado de 2010.

O presidente do Simefre josé Antônio Fernandes Martins, pontua os fatores que poderão influir positiva e negativamente no desempenho do setor em 2011: . Mudança de governo|. Renovação muito alta em 2010 |.Manutenção PSI – Programa de Sustentação do Investimento |.Juros PSI, se forem mantidos vendas crescem |.Novo modelo de licitações – ainda é incógnita |. Menor crescimento PIB (4,0 a 4,5%) |. Dólar desvalorizado – prejudica exportação |.Taxa de juro Selic muito alta – Bancos prevêem que vá de 10,75 para 11,50% - afeta demanda |.Infraestrutura ainda deficiente prejudica a demanda |. Investimentos pesados na área ferroviária e TAV (Trem de Alta Velocidade) criam um cenário de incerteza para o mercado de ônibus rodoviário |.Ampliação Transporte Escolar Rural e criação do Transporte Escolar Urbano poderão criar nicho significativo de mercado |. Idade Média da frota muito alta – é fator positivo para renovação |.Crescimento mercado motos – ruim para ônibus |.Facilidades de compra de automóveis novos e usados – ruim para ônibus|. Frota ônibus no Brasil tem mais de dez anos de idade média |. Como a frota total é de 442.000 unidades, seria necessária uma reposição de pelo menos 10% para reduzir a idade média, caso contrário a frota se deteriora cada vez mais |. Carga tributária elevada, juros altos, infraestrutura deficiente e dólar muito desvalorizado prejudicam exportações, no que diz respeito ao poder de competitividade dos produtos brasileiros.

Martins diz que a Diretoria do Simefre tem vários pleitos para fazer à Presidente da República, Dilma Rousseff. “Entre os assuntos que pretendemos levar até o Planalto estão a solicitação da manutenção do PSI, que foi um dos principais motivadores do bom desempenho da indústria em 2010”, diz ele.

Entre as principais ações que o Simefre deverá desenvolver junto ao novo governo, serão relevantes as que dizem respeito à redução da taxa de juros e da carga tributária; melhora substancial da infraestrutura em geral – portuária, aérea, rodoviária e ferroviária; aumento do imposto de importação para equipamentos ferroviários que hoje é de 14%, enquanto da indústria automobilística é de 35%; medidas na área econômica para conter a desvalorização do dólar; estruturação adequada e racional para as licitações das concessões de linhas interestaduais e internacionais; Medida Provisória nº 495 tornar-se obrigatória a margem de preferência até 25% para concorrências internacionais e elevação do imposto de importação para 35% para bicicletas sem marcha e suas partes e peças.

Além dessas medidas é fundamental a redução do gasto público, porquanto esse fato favorece a obtenção de uma menor taxa Selic (juros). | www.simefre.org.br

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