Confrontos no Rio de Janeiro podem servir de exemplo para o universo corporativo, alerta executiva

Segundo Jaqueline Weigel, a atitude de união dos órgãos públicos com a polícia e o incondicional apoio da população, deixando o jogo da vaidade e do poder em segundo plano, pode servir de modelo para auxiliar no desenvolvimento empresarial.

São Paulo – Os fatos recentes no Rio de Janeiro, nos quais a população, as polícias e os órgãos públicos trabalharam juntos e tomaram o território nas favelas da cidade, não foi apenas um exemplo de cidadania e paz para o Brasil. O trabalho em equipe e o empenho demonstrado, junto com o apoio de todos, podem servir de aprendizado, também, para o mundo dos negócios. Essa é a opinião de Jaqueline Weigel, diretora geral da Weigel Coaching, empresa especializada em comportamento e desenvolvimento de negócios e organizações.

Para a executiva, a união de todas as camadas da sociedade em prol de um bem maior é um exemplo para as empresas. “Todos os envolvidos, políticos, forças armadas e população, tiveram uma nova atitude. Formaram um grupo determinado e focado na mudança, na evolução. É isso que deve acontecer nas empresas”, comenta.

Jaqueline Weigel comparou o episódio do Rio de Janeiro ao vivido pela maioria das companhias. Falta de comprometimento dos funcionários, falhas na liderança e modelo defasado de gestão. Todos os aspectos têm paralelos, na visão da executiva, com os problemas do município. “A inoperância da população do Rio de Janeiro é a mesma da maioria dos funcionários descontentes. As falhas de gestão dos políticos e dos policiais podem ser comparadas à dos gestores. Enfim, as empresas precisam promover uma grande mudança, como fez o Rio, para se libertarem das lacunas que atrasam o crescimento”, afirma.

Outro aspecto ressaltado por Jaqueline é o abandono do jogo de poder, regado por egos e vaidades, exatamente como foi feito na capital carioca. “Comunidades engajadas apoiando órgãos públicos, unidos por uma mesma causa. É preciso esquecer os jogos de poder, comando e controle. Os líderes de empresas também precisam fazer isso. Esquecer as vaidades, se aproximar dos funcionários e unir todas as camadas em prol do sucesso de todos, não apenas dele ou da companhia. É preciso mudar o nosso modelo mental. Pensar no todo, depois em nós mesmos”, explica.

Isto só se sustenta quando apoiado em dois pilares básicos: comportamento individual e sistêmico e revisão das estruturas e dos modelos de gestão. Sem isso, segundo a executiva, voltamos ao cenário inicial em pouco tempo.

Perfil- A Weigel Coaching é uma empresa especializada em comportamento e desenvolvimento de pessoas e equipes corporativas. A WC vem se tornando uma espécie de "inteligência estratégica" de grandes empresários, ajudando CEOs a analisarem com mais profundidade as questões relacionadas à gestão de pessoas. A filosofia da Weigel Coaching é contrária a demissões num primeiro momento e a favor do desenvolvimento do recurso humano existente. A WC investiga quais gaps causam determinados comportamentos individuais ou coletivos, e qual a solução mais recomendada para que a empresa tenha melhores resultados com menos desperdício.

Perfil- Jaqueline Weigel, diretora-geral da Weigel Coaching, possui mais de 1.500 horas de atendimento como coach e é graduada como senior coach pelo Integrated Coaching Institute (SP), credenciado pela International Coach Federation (ICF), de Kentucky, nos EUA, considerado um dos principais órgãos certificadores mundiais do segmento. Jaqueline tem especialização em Gestão por Competências pela FGV-São Paulo; é formada em empreendedorismo pelo Empretec (programa desenvolvido pela ONU - Organização das Nações Unidas visando o fortalecimento de características empreendedoras), e analista DISC (Dominance, Influence, Steadiness, Compliance) para Assessment.

Fez carreira executiva no Grupo Itambé, Runner e Setal Engenharia, em diferentes áreas de negócios. Junto aos departamentos de alta gerência e Recursos Humanos, vem atuando em empresas como Bradesco, Johnson & Johnson, Grupo Melo Cordeiro, Behr Brasil, Crawford Brasil e Ara Vartanian, com foco em desenvolvimento comportamental do recurso humano. Tem expertise em Coaching Corporativo, projetos comportamentais e suporte em Gestão de Mudanças.