Cesta Básica do Rio de Janeiro sobe de 5,31%, aponta DIEESE

Em novembro de 2010, o custo médio da cesta básica no município do Rio de Janeiro foi de R$ 242,35, valor 5,31% maior que o apurado no mês anterior. É o terceiro aumento consecutivo após quatro meses de quedas do preço médio. Devido a estas três altas, a variação acumulada nos últimos doze meses é de 6,78%, e ao longo de 2010 de 13,59%.

De acordo com a pesquisa do DIEESE, o trabalhador com rendimento equivalente a um salário mínimo necessitou cumprir, no mês de novembro, uma jornada de 104 horas e 33 minutos para adquirir os itens alimentícios básicos. Neste mês, o valor da cesta básica representou 51,65% do salário mínimo líquido.

Dez dos treze produtos que integram a cesta básica registraram aumento nos preços em relação a outubro. Os mais expressivos foram verificados na batata (13,38%), na carne (12,71%) e na farinha de trigo (8,08%). Vale ressaltar que, devido ao seu peso na composição da cesta básica, a carne foi responsável por 4,23% do aumento total de 5,31%.

A alta da batata provavelmente está associada à estiagem prolongada. O clima seco também pode ter comprometido o volume ofertado de carne. Além disso, o aumento da demanda por este produto pode ter pressionado as cotações. A farinha, por sua vez, pode ter sido afetada pelos preços do trigo no mercado internacional, que aumentaram devido à desvalorização do dólar e também por ameaças climáticas à safra norte-americana.

Dentre os três produtos que registraram decréscimos nos preços, destaca-se o tomate com redução de 5,44%, provavelmente resultante do período de safra do produto.

Ao longo de 2010, apenas dois produtos registraram quedas: o tomate (-32,20%) e a batata (-24,41%). Os maiores acréscimos, dentre os onze produtos que sofreram aumentos nos preços, foram registrados nos preços da carne (38,04%), do feijão (32,88%), do leite (20,16%), e da farinha de trigo (18,89%).

Nos últimos 12 meses, o tomate e batata foram, novamente, os únicos produtos que apresentaram quedas de preços sendo estas, entretanto, bastante significativas (-51,23% e -34,82%, respectivamente). As maiores altas foram verificadas também nos preços da carne (31,59%), do feijão (26,33%), do leite (20,16%) e da farinha de trigo (18,01%).| www.dieese.org.br