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03/12/2010 - 10:20

Ponte sobre o Rio Jacuí é inaugurada

Obra contratada pelo governo estadual em caráter emergencial foi concluída em tempo recorde.

A nova ponte sobre o Rio Jacuí, que substituirá a construção destruída em janeiro deste ano em função das fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul, será inaugurada no dia 3 de dezembro. A obra de arte faz parte da rodovia estadual RSC-287 e liga as cidades de Restinga Seca e Agudo. Com a conclusão das obras, o tráfego na estrada, considerada um importante eixo de ligação entre o Oeste e Leste do Estado, será restabelecido.

O Consórcio contratado em caráter emergencial, formado pela mineira M. Martins Engenharia e Comércio S/A, empresa do Grupo Aterpa, e pela Construtora Cidade Ltda, concluiu o empreendimento em tempo recorde. As empresas também foram responsáveis pelo projeto definitivo da estrutura, pela execução de sondagens e estudos hidrológicos e pela demolição e remoção do que restou da ponte que ruiu.

O governo do Rio Grande do Sul anunciou a construção emergencial da ponte em março deste ano. As obras foram iniciadas em junho e concluídas em dezembro. O empreendimento envolveu 250 homens diretamente na execução da obra, sendo 10 engenheiros. O investimento foi de aproximadamente R$ 53 milhões.

A ponte anterior, cujo projeto foi iniciado na década de 1950 e a construção concluída em 1953, era apoiada no leito do rio. Para garantir mais segurança, a base da nova estrutura foi fixada abaixo do leito do rio, utilizando estacas escavadas mecanicamente em solo e em rocha a uma profundidade média de 25 metros. “A seção de vazão foi redimensionada para as novas condições da bacia hidrográfica do Rio Jacuí, que determinou o aumento do comprimento da ponte de 327 metros para 423 metros”, explica o engenheiro Luiz Petzhold Tozzi, diretor da M. Martins.

O projeto foi desenvolvido obedecendo integralmente normas atuais para pontes rodoviárias, com capacidade para 45 toneladas. A superestrutura foi feita em vigas de aço com 47 metros de vão livre, para não haver interferência com os restos das fundações da ponte que desmoronou em janeiro. A laje da pista de rolamento foi preparada em painéis pré-moldados e pavimentada com concreto betuminoso usinado a quente.

Ao todo, a construção consumiu 1,2 mil toneladas de aço para as vigas, 400 toneladas de vergalhões e 4 mil m³ de concreto. “Durante a execução da obra, houve 72 dias impraticáveis para trabalhar, devido às fortes chuvas e cheias do Rio Jacuí, interrompendo os serviços de construção”, lembra Tozzi.

A largura da obra foi projetada para incorporar as faixas de acostamentos, além das pistas de tráfego, somando dois acostamentos de 2,50 metros, duas pistas de 3,60 metros e duas barreiras laterais com 0,40 metros, totalizando 13 metros. A ponte original tinha aproximadamente 8,40 metros de largura.

De acordo com Tozzi, as perspectivas apontavam em princípio para um período de 12 a 18 meses como tempo necessário para desenvolver os estudos de hidrologia geotécnica, elaboração do projeto e implantação da obra.

“O Consórcio M. Martins/Cidade aceitou o desafio e no mês de abril apresentou proposta com o estudo preliminar hidrológico e anteprojeto com uma solução que reduziria o prazo de implantação para aproximadamente seis meses, incluindo a demolição do restante da estrutura e remoção dos escombros”, explica Tozzi.

No dia 5 de janeiro de 2010, período em que o Rio Grande do Sul enfrentava níveis extraordinários de chuva, o volume de cheia no Rio Jacui extrapolou as previsões da época do dimensionamento da ponte (1950). “A seção de vazão foi insuficiente, que somada ao desgaste natural, causou o colapso da estrutura. Neste dia, ruíram os vãos principais da ponte, atingindo aproximadamente 187 metros, sobrando 140 metros de superestrutura, que embora abalada não chegou a tombar”, detalha Tozzi.

A ponte sobre o Rio Jacuí desabou no dia 5 de janeiro de 2010 e fez cinco vítimas, entre elas o vice-prefeito de Agudo, Hilberto Boeck.

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