Combinação de drogas pode prolongar vida doentes oncohematológicos

Estudos são apresentados durante o 52º Encontro Anual da Sociedade Americana de Hematologia. Brasil é representado por mais de 200 especialistas.

A combinação de medicamentos para combater doenças do sangue, como linfomas e mieloma múltiplo, tem sido cada vez mais o tratamento adotado pelos hematologistas. Estas novas terapêuticas estão em discussão no 52º Encontro Anual da Sociedade Americana de Hematologia (Annual Meeting of ASH). Considerado o mais importante Congresso do sangue do mundo, o encontro reúne de 4 a 7 de dezembro, em Orlando (EUA), especialistas de diferentes países, sendo mais de 200 médicos do Brasil.

Presente no encontro, o presidente da Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia (ABHH), Carmino de Souza, relata que no caso dos linfomas, forma de câncer que ataca os linfonodos (gânglios), responsáveis por proteger o organismo de infecções, a evolução é representada por medicamentos que atingem diretamente as células cancerosas e preservam as sadias. Já no caso do mieloma, tipo de câncer na medula óssea e o segundo mais frequente na oncohematologia, o uso de remédios com menor toxidade e de administração menos complexa (não injetáveis), como o de uso oral, são a melhor solução. “Nosso objetivo é discutir os avanços no tratamento dos cânceres onc ohematológicos para prolongar a vida do paciente e proporcionar melhor qualidade de vida”, ressalta Souza.

Para o diretor de relações internacionais da ABHH, Carlos Chiattone, o congresso traz o melhor da pesquisa e das novidades não apenas dos Estados Unidos, mas no mundo todo. “Durante quatro dias são apresentados novos estudos sobre doenças do sangue. Muitos deles acabam revolucionando os procedimentos adotados pelos médicos em todo o mundo, para tratar seus pacientes”.