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07/12/2010 - 09:06

Filhos de Sarajevo

Convivendo com os Fantasmas da Guerra.

Estima-se que cerca de 1 bilhão de crianças em todo mundo sejam afetadas por conflitos armados, segundo o Comitê Internacional da Cruz Vermelha. E é a triste realidade dessas crianças que o jornalista Bruno Marfinati mostra em seu livro Filhos de Sarajevo – Convivendo com os Fantasmas da Guerra, lançado pela Mundo Editorial.

O livro teve início como uma pauta, quando Bruno Marfinati saiu do Brasil com a missão de ouvir os relatos de adultos que viveram como criança a guerra na Bósnia-Herzegovina. Em dezembro de 2010 faz 15 anos que um acordo internacional pôs fim ao conflito.

O desejo de construir um retrato preciso da guerra e o impacto da violência armada no desenvolvimento físico, mental e afetivo dos jovens, assim como das cicatrizes emocionais que os acompanham por toda a vida, os medos, o ódio, ou outros sentimentos muitas vezes insuperáveis, motivaram o autor em cada entrevista.

Em Filhos de Sarajevo, Bruno Marfinati revela os detalhes da sua jornada por um país devastado pela guerra, com riqueza de detalhes.

Escrita em dois planos, a reportagem literária entrelaça as histórias de vida narradas pelas próprias crianças e transita pela Sarajevo do pós-guerra, denunciando os abusos cometidos durante o conflito armado: instituições, orfanatos vitimados por incêndios e uma cidade que, ainda hoje, é assombrada pelo fantasma da guerra, com cemitérios a cada esquina e um persistente sentimento nacionalista.

Filhos de Sarajevo também traz alguns detalhes curiosos: . O significado das “Rosas de Sarajevo”, espalhadas pelas ruas da capital bósnia.

.Uma das personagens entrevistadas é a atriz infantil do filme "Em Segredo", que trata do conflito e que conquistou o Urso de Ouro.

.A surpresa de encontrar uma culinária rica em Sarajevo, repleta de tradição e procedimentos especiais para se tomar um café de forma tradicional, ao estilo turco.

.A visita a Srebrenica – onde mais de oito mil muçulmanos foram mortos – foi marcada por acontecimentos curiosos. Chegar até lá foi muito interessante, porém problemático. São 150 quilômetros que separam Sarajevo de Srebrenica, mas esta viagem totalizou quase 5 horas, onde, após abandonar o ônibus que já havia quebrado duas vezes, o autor pegou carona com um comerciante local que, no fim, foi uma revelação para os relatos do livro.

. A ida à Bósnia fez parte de uma viagem aos Bálcãs que o autor fez em 2008, quando também visitou a Eslovênia, Croácia e Montenegro. Foram 30 dias de viagem, 11 albergues, 20 cidades, quatro países.

. Em Zadar, no centro da Croácia, visitou um órgão musical marítimo, que toca com a ajuda das ondas do mar.

. Em Dubrovnik, no sul da Croácia, teve um incidente bastante engraçado com o celular que envolveu até o embaixador brasileiro em Zagreb.

.A Bósnia não estava nos planos da viagem. Mas enquanto pesquisava os destinos da viagem alguém sugeriu a ele o diário de uma menina sobrevivente de Sarajevo, Zlata Filipovic.

Bruno leu o livro e adorou a história de vida da menina. Fez um levantamento para saber o paradeiro dela. Entrou em contato com a editora do livro, em Londres, que a fez chegar até Zlata em menos de 1 hora, por e-mail.

. Em fevereiro de 2008 fez uma entrevista com ela para a Agência Estado, onde trabalhava na época. Em agosto daquele mesmo ano ela veio ao Brasil para lançar na Bienal do Livro seu segundo livro. Bruno e Zlata passaram uma manhã juntos caminhando no parque do Ibirapuera conversando sobre a Bósnia. Zlata deu vários contatos e apresentou amigos.

. A preparação da viagem e do livro começou 1 ano antes, com levantamento de bibliografia, dados, associações e possíveis personagens.

.O nome de alguns personagens pegou em matérias de jornais da época, fez uma pesquisa e conseguiu localizá-los para entrevista.

. Hoje em dia todos convivem essencialmente em paz, apesar de o país continuar dividido em duas entidades políticas.

.Ainda permanece o fantasma da guerra, com cemitérios a cada esquina, e algum sentimento nacionalista.

.O livro foi escrito em dois planos - o texto entrelaça as histórias de vida narradas pelas próprias crianças e um passeio pela Sarajevo do pós-guerra, ao mesmo tempo em que denuncia os abusos cometidos pelo conflito armado.

.Já esteve em 16 países: Argentina, Bósnia-Herzegovina, Brasil, Chile, Croácia, Eslovênia, Espanha, França, Reino Unido, Grécia, Itália, Montenegro, Paraguai, Portugal, Rússia e Uruguai.

.A viagem mais recente, e mais problemática, foi à Rússia, em abril de 2010, quando ficou isolado em São Petersburgo por causa das cinzas do vulcão islandês. Só conseguiu chegar em casa uma semana depois do previsto, numa viagem de volta que durou três dias, depois de escalas em Moscou, de dormir uma noite do aeroporto de Roma, passar por Buenos Aires e, finalmente, São Paulo. Uma experiência incrível, apesar de trágica! A Rússia é um belo país, porém encontrou muitas dificuldades nesta situação de emergência lá.

."Filhos de Sarajevo" é segundo livro de Bruno Marfinati. O primeiro, "Tudo Que Eu Vi", escrito junto a cinco jornalistas, contava as histórias de vida de pessoas na terceira idade.

Autor - Bruno Marfinati nasceu em São Bernardo do Campo em 21 de março de 1983. É jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo e desde o início de sua carreira atua em agências de notícias como Agência Estado e Reuters – colaborou com a Ansa e emissoras de televisão da Espanha e de Moçambique. Especialista em jornalismo internacional pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, dedica-se às reportagens especiais e à pesquisa de temas relacionados aos conflitos armados, direitos humanos e etnicidade.

.[ Filhos de Sarajevo | 144 Páginas | Formato: 14 x 21 | Preço: 25,90 | Acabamento: brochura | ISBN: 9788599802120].

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