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08/12/2010 - 09:42

Selic deve permanecer inalterada, diz professor da FGV

A pesquisa Focus, divulgada nesta semana pelo Banco Central (BC), mostra que o mercado financeiro espera que o Copom mantenha a taxa Selic inalterada na próxima reunião que acontece no dia 08 de dezembro (quarta-feira). A elevação da taxa só ocorreria em janeiro, segundo a instituição

De acordo com o professor de macroeconomia da FGV-EESP (Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas), Rogério Mori, um dos motivos para a manutenção da taxa Selic é o conjunto de medidas anunciado na semana passada para conter o crédito.

“A taxa Selic deverá se manter inalterada na próxima reunião do Comitê de Política Monetária. Embora existam pressões inflacionárias de curto prazo, a economia brasileira começa a dar alguns sinais de acomodação da atividade econômica recente . Adicionalmente, o governo adotou, recentemente, um conjunto de medidas para conter o crédito e o ideal será aguardar um pouco mais para verificar o grau de transitoriedade da inflação e os efeitos das medidas sobre o crédito”, diz Mori.

O professor ressalta que “A taxa básica de juros – Selic – impacta diretamente nas operações de curtíssimo prazo entre instituições financeiras. Com a sua elevação, é natural que esse aumento seja repassado em alguma medida para as taxas de juros praticadas na ponta do empréstimo. Em outras palavras, as taxas de juros para operações de crédito deverão subir em alguma medida se houver uma alta. Além disso, as variações da Selic se transmitem para a economia por diferentes canais como: efeitos sobre os preços dos ativos; crédito; expectativas; taxas de juros e taxa de câmbio. Vale lembrar também que as elevações da Selic tornam mais atrativas as aplicações financeiras no Brasil comparando a outros países. Esse efeito tende a atrair dólares para o país e pressionar ainda mais a cotação da moeda norte-americana para baixo, derrubando a competitividade da produção doméstica.”

Com relação à expectativa da taxa Selic para os próximos meses, Mori acredita que haverá alta. “É bem provável que o Banco Central realize novos apertos monetários no próximo ano, em particular se as pressões inflacionárias continuarem no começo de 2011. A dimensão do aperto vai depender essencialmente da evolução da inflação e da atividade econômica brasileira”.

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