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09/12/2010 - 11:15

Dignidade e qualidade de vida na melhor idade


Hoje no Brasil é visível o crescimento na expectativa de vida das pessoas e, segundo pesquisa divulgada pelo IBGE, 15% da população brasileira é constituída por idosos, ou seja, cerca de 32 milhões com mais de 60 anos. De acordo com projeções da Organização Mundial de Saúde (OMS), até 2025 a terceira idade crescerá 16 vezes mais, o que nos dará a colocação de 6º país com maior população senil do mundo. Outra curiosidade é que de acordo com as projeções apresentadas, esse processo de envelhecimento sofrido pela população brasileira se dá de forma bem mais rápida do que nos demais países. Um estudo realizado com idosos diz que para 80% deles, as pessoas não estão preparadas para conviver com os idosos.

A terceira idade com toda certeza deveria ser a fase do descanso e da realização pessoal, e os idosos orgulhosos em dizer que chegaram a “melhor idade”. O Artigo 3º do Estatuto do Idoso - É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária – tinha que ser uma realidade, mas isso nem sempre acontece. Dados alarmantes nos mostra todos os dias como os velhinhos são desrespeitados, seja nas ruas, nos coletivos públicos, nas filas e principalmente pela própria família, essa a qual deveria lhe oferecer todo o suporte para manter suas condições dignas de sobrevivência.

Na análise da Secretaria de Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida, mais de 90% dos agressores de idosos têm algum parentesco, e os filhos são os que mais agridem, chegando à margem de 70% dos casos. O abandono físico e moral são as maiores reclamações dos idosos, pois eles se sentem totalmente desamparados e chegam a pensar que a morte seria a solução para seus familiares, que não teriam mais que se preocuparem com eles. O abalo ocasionado pelas agressões emocionais são devastadores, pois eles se sentem injustiçados pelos poderes instituídos, por terem feito parte de alguma forma da construção dessa nação e de hoje não receberem o devido retorno que é um direito, e muito mais injustiçados pela família que foi construída e erguida financeira e moralmente por eles e hoje os tratam com repulsa e desdenho.

Muitas campanhas públicas e privadas alertam para os cuidados que devemos ter com “a melhor idade”, inclusive as campanhas de motivação e autoestima dos idosos, pois eles precisam saber e, principalmente acreditar que a vida não acabou e sim, que está se iniciando um novo ciclo. Acabou essa concepção que “velho” é doente e rabugento. Se os nossos cabelos prateados tiverem todos os acompanhamentos necessários, eles serão autossuficientes e independentes, e levando assim uma vida mais feliz e realizada.

Outro fator muito importante, além de todos que foram citados, é com o cuidado a saúde do idoso. A atenção deve ser redobrada e alguns precisam de atenção especial, como nos casos de Alzheimer ou Parkinson, e ou limitações físicas. Cuidar da alimentação, higiene pessoal e do ambiente em que o idoso vive e muito importante para aumentar a qualidade de vida, mas o essencial, com certeza, é o amor, atenção, respeito, amizade e a vida em sociedade e em família, além do zelo de todos que o cercam, pois a falta desses fatores pode desenvolver um quadro de depressão. Um estudo realizado no Brasil aponta que 10% da população idosa sofrem com esse mal.

Muitos desses casos de depressão acontecem por causa da exclusão que eles são submetidos. O idoso não é inútil, ele pode sim, tomar decisões e participar dos problemas da família, além de tentar buscar soluções, pois todas as experiências que ele tem, com certeza, ajudarão na hora de uma difícil decisão. É preciso deixa-lo sentir que ele é parte, que sua opinião é importante. Essa também é a fase do idoso ser estimulado a realizar sonhos que antes não podia, como aprender a tocar algum instrumento, dançar, cantar, viajar e quem sabe procurar um novo parceiro, se já for viúvo(a) ou separado(a). Sempre é tempo de recomeçar o amor. A felicidade não tem idade, cor ou sexo para acontecer. Simplesmente brota.

. Por: Ana Camila Bottecchia - Diretora da K3i – Kanguruh Terceira Idade RJ, referencia no Rio de Janeiro em oferecer cuidadores de idosos qualificados e devidamente treinados pela própria empresa, cujo carro-chefe é o curso de formação para esses profissionais. www.k3irj.com.br

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