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14/12/2010 - 10:17

FIESC espera 2011 melhor, mas aponta desafios para a indústria


Presidente da FIESC, Alcantaro Corrêa, e o engenheiro Ricardo Saporiti

Recuperação foi a tônica para a maioria dos setores industriais catarinenses em 2010. Federação espera que os indicadores sigam positivos no próximo ano, mas aponta questões como o câmbio, as prováveis medidas de combate a inflação e os obstáculos estruturais que afetam a competitividade como as principais preocupações para o setor.

O ano de 2010 chega ao fim com números positivos para a maior parte dos setores industriais catarinenses. A produção industrial aumentou 6,9%%, as vendas subiram 2,2%%, o número de trabalhadores 8,6% com 51 mil contratações e as exportações aumentaram 17,9%. Contudo, além de o crescimento se dar sobre uma base baixa de comparação, já que 2009 foi um ano difícil para o setor, os números de Santa Catarina não acompanharam os da indústria brasileira.

Para a FIESC, o desempenho inferior pode ser explicado pelo perfil do parque fabril catarinense. O segmento de carnes, o principal da indústria do estado, teve um ano difícil e, assim, afetou as estatísticas. Uma grande empresa do segmento de veículos automotores praticamente parou a produção. Outra explicação está na tradição exportadora de Santa Catarina, já que o mercado internacional ainda não se recuperou completamente. Além disso, o estado não possui montadoras e não produz as commodities como minério de ferro ou petróleo, alguns dos setores que puxaram o desempenho da indústria brasileira em 2010.

Contudo, o presidente da FIESC, Alcantaro Corrêa, se diz moderadamente otimista com relação a 2011. "As empresas realizaram ajustes em suas estratégias para se adaptar à atual realidade e temos a perspectiva de que o mercado interno seguirá aquecido, apesar da previsão de medidas para conter o consumo e enfrentar a inflação", diz Corrêa.

A expectativa de câmbio valorizado, com forte importação de produtos seguirá sendo um dos grandes desafios da indústria em 2011. "O problema é que com o real nos atuais patamares, nossa indústria tem sérias dificuldades de ser competitiva com os concorrentes de outros países, tanto no mercado brasileiro quanto no internacional, devido à elevada carga tributária, às condições ruins de financiamento e à falta de infraestrutura de transporte e logística", afirma Corrêa.

No caso de Santa Catarina, o salto nas importações, decorrente, além do câmbio, do programa Pró-emprego, que reduz o imposto de importação, inverteu o saldo da balança comercial, que se tornou deficitária. No longo prazo, a avalanche de importações desestimula a produção local. Por isso, a FIESC encaminhou em julho solicitação ao governo do estado para que sejam realizadas adequações no programa, a fim de evitar prejuízos à indústria catarinense. |www.fiescnet.com.br

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