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14/12/2010 - 10:17

Mais sofisticação e saudabilidade são as grandes tendências de 2010 no mercado de biscoitos

Segundo maior mercado de biscoitos no mundo, com uma produção de 1.242 milhão de toneladas em 2010, o Brasil começa a abrir seu caminho de forma consistente no mercado internacional. Durante o ano que passou o Projeto Setorial Integrado Brazilian Biscuit – PSI -, uma parceria entre a Associação Nacional das Indústrias de Biscoitos – ANIB – e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos - Apex Brasil, levou empresas associadas para cinco feiras internacionais e trouxe compradores da América Latina para uma Rodada de Negócios.

O crescimento do setor, de 3% em produção e 6,5% no faturamento, de R$ 5.96 bilhões em 2009 para R$ 6,47 bilhões em 2010, passa pelo crescimento do poder econômico da população, mas também pela comercialização de produtos mais sofisticados, com maior praticidade, mais saudáveis e que proporcionam mais prazer. “Neste ano houve um crescimento acentuado nos biscoitos especiais, de maior valor agregado”, informa José dos Santos dos Reis, vice-presidente da ANIB.

O consenso geral é de que o status do biscoito brasileiro subiu em função desta maior demanda por produtos mais sofisticados e com mais apelos à saúde e ao bem estar, além do contato direto da ANIB e empresas exportadoras com os principais lançamentos mundiais, com os quais se equipara tanto em termos de qualidade como de competitividade.

“O biscoito está presente em 98% dos lares brasileiros. O setor cresceu justamente na diversificação dos produtos oferecidos”, analisa Reis. “Outra coisa que contribui muito é a confiança do consumidor, pois eles sabem que podem acreditar nas informações nutricionais contidas nas embalagens dos biscoitos, dando conta de seus ingredientes: proteínas, vitaminas, cálcio, fibras”, diz Reis.

Biscoitos em números - Com 585 fábricas distribuídas por todo o País, o parque industrial brasileiro de biscoitos trabalha com 80% de sua capacidade instalada de 1.700 milhões de toneladas e recebeu investimentos totais de R$ 250 milhões em expansão, modernização e construção de novas fábricas, principalmente nas regiões Norte e Nordeste, que está crescendo em volume consumido.

De acordo com a ANIB, 8% dos produtos no mercado em 2010 eram lançamentos: novos sabores, novas formulações com mais fibras e vitaminas e novos formatos, como a monodose, que já se transformou de tendência para uma categoria.

Para produzir as 1.242 milhões de toneladas, o setor consumiu: 780 mil toneladas de farinha, 263 mil toneladas de açúcar, 187 mil toneladas de gordura, 72 mil toneladas de embalagens e gerou cerca de 30 mil empregos. O principal canal de distribuição é o Varejo Direto, com 43% , seguido por Atacados (21%), Distribuidores (18%), Redes Nacionais (15%) e Vendas Diretas, como cesta básica, marcas próprias, licitações (3%).

O Estado de São Paulo concentra 27% do consumo, seguido pelo Rio de Janeiro, com 13%; Minas Gerais, com 11%; Ceará e Bahia, com 7% cada: Santa Catarina, com 6%, Rio Grande do Sul e Paraná, com 4% cada; Maranhão e Pernambuco, com 3% cada; Pará e Espírito Santo, com 2% cada. Os demais estados representam conjuntamente 12% do consumo.

.Mercado de biscoitos:
Ano...................................Volume
2008................................. 1.177 milhões t
2009.................................. 1.206 milhões t
2010*................................ 1.242 milhões t | .*Estimativa.

.Biscoitos:
Categorias...................................................................................... % mercado
Recheados................................................................................................30%
Crackers e Água e Sal (inclusive integrais, gergelim, centeio, etc.)........25%
Wafers......................................................................................................10%
Maria e Maisena.......................................................................................10%
Salgados (salgadinhos, aperitivos, snacks e tipo Club).............................6%
Amanteigados e Doces Secos....................................................................8%
Amanteigados............................................................................................7%
Rosquinhas.................................................................................................2%
Outros.........................................................................................................2%

Exportações - O Brasil vem crescendo como exportador de biscoitos. Prova disso é o faturamento de cerca de US$ 37 milhões gerado por contratos fechados por fabricantes nacionais em feiras como ISM (Alemanha), Gulfood (Dubai), FoodEx (Japão), Fancy Food (Estados Unidos) e SIAL (França), mais a realização de uma Rodada de Negócios, em São Paulo, que contou com a presença de compradores de países da América Latina: Peru, Paraguai, Chile, Colômbia, República Dominicana, Guatemala, Venezuela, Argentina e Costa Rica.

No ano passado as exportações de biscoitos brasileiros foram da ordem de 54.3 mil toneladas, que representaram um faturamento de US$ 100,5 milhões. O ano de 2010 ainda não foi totalizado, mas segundo a ANIB estes resultados serão, no mínimo, igualados. Os principais mercados de exportação são Paraguai, Angola, Estados Unidos, Uruguai e Argentina.

Em 2011 o Projeto Setorial Integrado Brazilian Biscuit – PSI - prevê a presença de fabricantes brasileiros de biscoitos nas feiras: ISM, Gulfood, FoodEx (Japão), Fancy Food, Anuga (Colônia). Também será realizada outra Rodada de Negócios com convidados internacionais, que aproveitarão a vinda ao Brasil para visitar a APAS, onde conhecerão os principais lançamentos do setor nos estandes individuais de empresas e no estande coletivo da ANIB.

Estabilidade nas massas - De acordo com o Sindicato das Indústrias de Massas Alimentícias e Biscoitos do Estado de São Paulo – Simabesp -, o mercado de massas ficou estável durante o ano de 2010, mantendo-se o volume de 1.205 mil toneladas, o mesmo de 2009.

O presidente do Simabesp, José dos Santos dos Reis, detalha o mercado: 930 mil toneladas são massas secas; 190 mil toneladas são instantâneas; 65 mil toneladas são massas frescas e 20 mil toneladas, massas caseiras.

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