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17/12/2010 - 10:10

Médicos ingleses tratam Linfoma antes do paciente ter sintomas

Novos estudos foram apresentados em Congresso em Orlando.

Pesquisadores ingleses recomendam que pacientes com linfoma folicular, sejam tratados antes mesmo de sentirem os primeiros sintomas, isto é, assim que receberem o diagnóstico da doença. A novidade foi apresentada durante o Congresso da Associação norte-americana de hematologia, conhecido como ASH. O encontro que ocorreu entre os dias 4 e 7 de dezembro, em Orlando, EUA é considerado o maior do mundo e é especializado em doenças do sangue. Reuniu mais de 21 mil médicos de todo o mundo. Do Brasil participaram mais de 300 médicos.

Carlos Chiattone, diretor de relações internacionais da Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia (ABHH), considerado um dos maiores especialistas em linfoma e frequentador desse congresso há 22 anos, disse que esses estudos mudaram o paradigma do tratamento da doença.”Desde 1980 a recomendação internacional era para tratar o paciente de linfoma folicular somente após o surgimento dos primeiros sintomas.”

A terapia é feita com uma droga de ultima geração conhecida como rituximabe. Os resultados mostraram que as pacientes tratados de forma precoce apresentaram melhor evolução da doença. Agora o estudo inglês precisa ser validado por outros centros de pesquisa, antes de ser adotado pela clínica médica, alertou.

Outro estudo relevante, na avaliação de Chiattone também apresentado pelos ingleses foi o uso de um exame de diagnóstico por imagem chamado PET-CT em substituição ao exame convencional de tomografia para acompanhar a evolução ou a involução do tratamento de pacientes com determinados tipos de linfoma. Em muitos casos a tomografia mostrava que o tumor não havia diminuído de tamanho após o tratamento, mas eram casos de fibrose e não da ineficácia da droga, característica que o exame de Raios-X não identificava em prejuízo para o paciente. Também neste caso o especialista recomenda cautela. ”Os dados precisam ser maturados.”

O congresso ASH apresentou também estudos com novas drogas que combinadas proporcionam maior sobrevida e melhor qualidade de vida aos pacientes com linfoma. Entre elas estão a lenalidomida e o bortezomibe, amplamente utilizadas em pacientes com outra doença do sangue, o mieloma múltiplo. Há também duas outras drogas conhecidas como deacitilaze de histona e panabinostati, atualmente utilizadas em um pequeno grupo de pacientes, de forma experimental.

Entenda os termos.: Linfoma: câncer que ataca os linfonodos (gânglios), responsáveis por proteger o organismo de infecções.

Linfomas foliculares: os linfomas foliculares representam aproximados 20% de todos os casos de linfomas não-Hodgkin. O linfoma folicular tem longa evolução, poucos sintomas e é, em geral, incurável. O objetivo do tratamento é prolongar o tempo e melhorar a qualidade de vida dos pacientes, o máximo possível. Essa sobrevida pode chegar a 20 anos em alguns casos.

Linfomas não-Hodgkin: correspondem cerca de 60% do problema na infância (entre cinco e 15 anos), com maior incidência entre os rapazes. São curados em menos de 25% dos casos, que são cinco vezes mais frequentes do que os da doença de Hodgkin. Pode apresentar manifestações no estômago, pele, cavidade oral, intestino delgado e sistema nervoso central (SNC).

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