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17/12/2010 - 11:34

Escolas regulares e alunos com deficiência mental

Ao ouvirmos a palavra inclusão, imediatamente imaginamos uma criança com deficiência física ou problemas em órgãos dos sentidos. No entanto, é necessário lembrar que uma criança inclusa também pode apresentar deficiência mental. Nos dias de hoje, é polêmica a questão de os deficientes mentais (DM) frequentarem a escola regular, pois são questionáveis os pontos positivos e negativos nesse tipo de inclusão.

Existem três níveis de retardo mental – leve, moderado e severo – causados por síndromes que alguns indivíduos desenvolvem devido a problemas genéticos ou deficiências cromossômicas, como Síndrome de Lejeune, Trissomia 8, Síndrome de Dawn, Síndrome de Klinefelter, entre outras. Independentemente do nível, o trabalho com esses alunos, em sala regular, é com certeza um desafio que depende da participação intensa e direta da direção escolar, professores e família.

Não há uma regra ou manual de instrução guiando o profissional da educação nesse trabalho. Tudo depende da iniciativa e predisposição do educador em melhor atender a seu aluno.

Apesar das diversas críticas, é fundamental a participação dos alunos deficientes mentais na escola regular, pois esse é um dos fatores determinantes para sua socialização e independência, uma vez que escola e família são os dois principais norteadores para o seu desenvolvimento.

Além da Deficiência Mental, é possível encontrar outros tipos de síndromes, como a Síndrome de Asperger (SA), que afeta o processo de aprendizagem e a relação interpessoal. Os SA “não apresentam qualquer atraso significativo de desenvolvimento de fala ou cognitivo, podendo até mesmo passar a vida toda sendo apenas consideradas pessoas estranhas” (Teixeira, 1994). Trabalhar com tais alunos requer paciência e disposição diária, pois é um trabalho árduo e constante.

Tive uma experiência com um aluno SA. Nunca tinha ouvido falar nessa síndrome. Pesquisei, descobri do que se tratava e observei meu aluno. Esse foi o ponto inicial para o desenvolvimento do meu trabalho. As primeiras aulas foram difíceis. Porém, agora consigo entendê-lo melhor, respeito suas limitações e sempre o incentivo a participar das atividades. Sei que estou apenas no início de um longo trabalho, mas guio-me na certeza de que ao final o resultado será positivo.

A inserção desses alunos em salas regulares, independentemente da deficiência, é de fato um dos elementos responsáveis pelo seu desenvolvimento social e psicológico. Há quem diga o inverso. Entretanto, não há como negar os benefícios trazidos à vida dessas crianças.

. Por: Juliana Bettoni, mediadora do Programa de Línguas Estrangeiras da Futurekids em Caçapava (SP)

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