Brasil agora é o sétimo maior mercado mundial da Danfoss

O balanço do último ano fiscal da Danfoss, líder mundial no setor de pesquisa, desenvolvimento e fabricação de controles eletromecânicos e eletrônicos, bem como de soluções de sistemas para indústrias de refrigeração, aquecimento e ar condicionado, aponta um faturamento de US$ 120 milhões no Brasil, o dobro do obtido no período passado, o que tira o mercado nacional do 11º lugar no ranking mundial de faturamento da multinacional e o coloca em 7º, atrás apenas dos Estados Unidos, Alemanha, China, França, Itália e Rússia. Como os países do BRIC foram os últimos a entrar na crise econômica mundial e os primeiros a sair, o Brasil acabou tendo um crescimento acima da média, estando entre os principais motivos para isso os segmentos de ar condicionado comercial e industrial. O setor comercial cresceu devido à expansão do mercado de construção civil, pois quanto mais prédios, mais condicionadores de ar são necessários.

O poder de compra das classes C, D e E também tiveram significativa participação, especialmente devido aos pequenos negócios que foram abertos, como restaurantes, açougues, padarias e supermercados, que aumentaram a demanda por câmaras frias. A indústria contribuiu com a retomada dos investimentos em capacidade de produção, principalmente frigoríficos e cervejarias, que deram vazão aos projetos represados em 2009 e aumentaram as vendas de compressores scroll, válvulas de controle para sistemas de amônia, conversores de frequência e os chamados soft starters, que acionam motores gradualmente, sem pico de energia, economizando eletricidade. De acordo com o vice-presidente da Danfoss América Latina, Sandro Sandanelli, a sustentabilidade é um conceito presente em todas as etapas de produção da Danfoss, que este ano foi patrocinadora do maior evento paralelo à Convenção das Nações Unidas sobre o Clima (COP 16), no México, o World Climate Summit, que ocorreu nos dias 4 e 5 de dezembro.

“O faturamento mundial da empresa foi de 3,5 bilhões de euros, o equivalente a 500 milhões de euros a mais que no ano passado, mostrando que é possível obter lucro real com ações sustentáveis. E o Brasil ainda tem muito mais potencial, pois já somos o maior player em refrigeração no país e nossa perspectiva é crescer na participação de mercado 300% até 2015”, destacou. Os principais investimentos da Danfoss para atingir essa meta serão na ampliação da força de vendas e dos estoques para poder atender ao novo nível de demanda com as oportunidades já criadas pela Copa do Mundo de 2014 e pelos Jogos OIímpicos de 2016 – até esta última data, o número de funcionários no Brasil vai subir de 180 para 230. A maior demanda será no segmento de ar condicionado na indústria, comércio e serviços. E há casos menos óbvios, como ar condicionado para ônibus – o Brasil é o maior fabricante mundial de carrocerias de ônibus e certamente haverá a necessidade de transportar mais pessoas durante os eventos – e componentes para fábricas de asfalto, pois todas as cidades sede devem receber recapeamento. A empresa também continuará o investimento no mercado de construção civil e será dada mais ênfase a novas áreas, como óleo e gás, mineração e siderurgia.