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18/12/2010 - 08:26

Tropel Mangalarga conclui jornada de 1400 quilômetros


Além de divulgar as qualidades do cavalo Mangalarga, o projeto incentivou o debate a respeito da questão ambiental e promoveu o resgate de um importante momento da história nacional.

Após 36 dias na estrada, o Projeto Tropel Mangalarga concluiu, na tarde de 12 de dezembro, sua jornada de 1400 quilômetros entre as cidades de São Paulo (SP) e Brasília (DF). O final da viagem aconteceu nas dependências do Memorial JK, na capital federal, onde o grupo foi recebido por Cristina Kubitschek, neta do ex-presidente Juscelino Kubitschek.

No museu criado para preservar a memória do fundador de Brasília, os participantes da cavalgada atingiram uma das principais metas do projeto: a entrega solene de uma placa histórica originalmente criada para celebrar a inauguração de um hotel construído por Juscelino na Ilha do Bananal (TO). Recuperada de um ferro-velho por um dos participantes da comitiva - o recordista mundial de cavalgada Pedroca Aguiar -, a placa representa um período pouco lembrado da história brasileira.

“Creio que este é um importante ato de civismo, pois, além de promover um valioso resgate histórico, serve como exemplo de preservação da memória do País para as próximas gerações”, destaca outro participante da jornada, o cavaleiro Sebastião Assumpção Malheiro Neto.

Idealizador do projeto, Malheiro conta que a viagem também conseguiu atingir outros importantes objetivos, como incentivar o debate a respeito da questão ambiental e popularizar as cavalgadas de longa distância. “O Tropel Mangalarga demonstrou que esse gênero de cavalgada, conhecido internacionalmente como raid, é uma atividade hípica acessível a todos, independente de idade ou sexo. Afinal, o nosso grupo era bastante heterogêneo, contando inclusive com a participação do Pedroca Aguiar, que já completou 78 anos mas continua com a mesma disposição de quando conquistou o recorde mundial de cavalgada, e da Telma Somenzari, responsável por mostrar que as mulheres possuem uma grande aptidão para enfrentar desafios como esse, nos quais o conforto e a comodidade da vida moderna ficam bem distantes.”

Carbono-neutro - O também tropelista Adolpho Julio Camargo de Carvalho revela ainda que o Projeto Tropel Mangalarga foi pensado para ser ecologicamente sustentável e atingir o grau de carbono-neutro. Segundo o cavaleiro, por meio do site Floresta do Futuro, foi feita uma estimativa prévia da emissão de CO2 na atmosfera pela cavalgada. Essa análise considerou todos os equipamentos e o veículo de apoio utilizado na viagem, além do consumo de gás de cozinha e energia elétrica e a produção de resíduo sólido ao longo do percurso. Todos esses fatores resultaram numa estimativa de que aproximadamente dois mil quilos de CO2 seriam produzidos pela comitiva ao longo da viagem. Para compensar essa produção, o estudo considerou que o Tropel deveria plantar 20 árvores. O grupo, no entanto, decidiu que seria mais justo ampliar esse número e por isso realizou o plantio de 40 mudas de árvores no decorrer da viagem. A primeira delas, aliás, foi plantada ainda no primeiro dia da jornada, no Manège Alphaville, onde a equipe da hípica se comprometeu a tratar e cuidar dessa pioneira muda.

Além de promover uma ampla divulgação da raça Mangalarga e celebrar em grande estilo o cinquentenário de Brasília, a cavalgada também serviu para realizar uma aprofundada análise da performance da atual geração da raça, representada no projeto por oito éguas: Dengosa RBV, Xica do Mangabaia, Xereta do Mangabaia, Serpentina RB, Araruta CJ, Q Linda MAB, Revista da Cravinhos e Honduras do Mont Serrat.

O estudo do desempenho das éguas está sendo comandado pela equipe do professor Juca Lacerda, da faculdade de medicina-veterinária da Unesp de Jaboticabal (SP). Antes de iniciar a jornada, as participantes passaram por uma série de avaliações, repetidas posteriormente nas paradas nas cidades de Dourado (SP) e Uberaba (MG). Agora, após o término da viagem, as oito fêmeas seguem para o campus de Jaboticabal, onde passarão por uma nova análise física. Entretanto, segundo Sebastião Malheiro, todas estão em perfeitas condições, tendo inclusive ganhado massa muscular, comprovando a rusticidade e resistência do Mangalarga.

Malheiro ressalta ainda que a acolhida do grupo foi bastante calorosa nas inúmeras cidades de São Paulo, Minas Gerais e Goiás pelas quais a comitiva passou durante os 36 dias de viagem. “As pessoas procuravam sempre interagir conosco, perguntando sobre o cavalo Mangalarga e suas características. Além disso, recebemos uma grande atenção da mídia, que nos acompanhou durante todo o percurso. Enfim, acho que todas as nossas metas foram alcançadas”, conclui o organizador da cavalgada, cuja realização foi possível graças aos patrocínios da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM), do Mangalarga Mangabaia, da Sorocaba Refrescos e da Scania.

.[Foto tropel_f3: Os quatro cavaleiros e oito éguas desfilam pela pista do Parque da Água Branca, na partida do grupo de São Paulo.].

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