Usinas expandem área da RB 710 em todo estado de Alagoas

Avaliada como uma das novas variedades de cana-de-açúcar mais promissora, lançada no inicio deste ano através do Programa de Melhoramento Genético da Cana-de-Açúcar (PMGCA) da Rede Interinstitucional de Desenvolvimento do Setor Sucroalcooleiro (Ridesa), na qual a Universidade Federal de Alagoas (Ufal) é pesquisadora, a RB 98710 continua ganhando espaço nas plantações em Alagoas.

Esta semana em visita a Usina Coruripe, onde foi desenvolvida a nova variedade, técnicos do PMGCA e da usina avaliaram a proximidade para início da colheita dos noventa hectares da 710. De acordo com o engenheiro agrônomo e pesquisador do Programa de Melhoramento Genético, Antônio Rosário, a variedade está sendo trabalhada em área de fertirrigação e de várzea, onde está apresentando excelente desempenhando.

“A 710 está apresentando um comportamento excelente. Um nível de produtividade para inicio de safra que comercialmente vai garantir um retorno certo. Apresenta um alto índice de sacarose e não apresenta variação na cor do caldo”, constatou.

O pesquisador revelou ainda que a mesma variedade está mostrando excelentes resultados mesmo em solos menos férteis que é o caso dos estados do Rio Grande do Norte, Pernambuco e até a região sul do país. “Se compararmos a variedade mais cultivada que é a SP791011 com a 98710 podemos afirmar que a variedade desenvolvida na Usina Coruripe produz a mais duas toneladas de açúcar por hectare”, afirmou.

E a adesão a experiência com a nova variedade vem crescendo por todo estado. O setor agrícola da Coruripe, por exemplo, já estuda ampliar a área de plantio para próxima safra. “Conforme está se desenvolvendo a cana-de-açúcar, com muito perfilho e alto teor de sacarose, comprovado com o brix que mede a pureza do caldo extraído cana-de-açúcar, nessa área experimental iremos colher 120 toneladas de cana por hectare”, revelou Valdemir Tenório, coordenador agrícola da Coruripe.

Os levantamentos mais recentes do PMGCA dão conta que a 710 já está em todas as usinas do estado e sua multiplicação sendo priorizada pelas indústrias sucroenergéticas de Alagoas.