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21/12/2010 - 08:22

Segundo alto-forno da CSA entrou em operação sem problemas

Rio de Janeiro - A Secretaria Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro informou no dia 20 de dezembro (segunda-feira), que o início da operação do segundo alto-forno da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), na zona oeste da cidade, ocorreu sem problemas entre sexta-feira (17) e sábado (18). Segundo a secretária Marilene Ramos, o processo de entrada em operação, quando há maiores riscos ambientais e que dura em média sete dias, foi concluído em menos de dois dias.

Além do mais, as estações de monitoramento da qualidade do ar do entorno da CSA detectaram que os níveis médios de partículas de ferro-gusa na atmosfera ficaram em torno de 30 microgramas por metro cúbico, bem abaixo do padrão do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que é de 240 microgramas por metro cúbico.

A entrada em operação do primeiro alto-forno, em julho deste ano, causou problemas, como a dispersão de partículas de ferro-gusa na atmosfera durante cerca de dois meses.

O problema no primeiro alto-forno foi causado porque as unidades de fabricação de aço não estavam prontas e a CSA precisou jogar todo o ferro-gusa produzido em um poço de emergência. Como o poço fica a céu aberto e não possui filtros, o ferro-gusa depositado causou poluição atmosférica.

O acidente ambiental, classificado como “grave” por Marilene Ramos, fez com que o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) multasse a siderúrgica e o Ministério Público abrisse um processo contra a empresa. Além disso, o Ministério Público fez um acordo com o Inea na última semana para que o segundo alto-forno só entrasse em operação depois de uma auditoria externa que garantisse a capacidade da empresa de evitar um novo acidente, a qual duraria 60 dias.

No entanto, a CSA recorreu à Secretaria do Ambiente, alegando que os 60 dias de espera trariam prejuízos para a empresa e atrasariam por um longo período a entrada em operação do segundo alto-forno. Além disso, a CSA informou que teria que dispensar 800 funcionários por causa desse atraso.

A secretária Marilene Ramos, por sua vez, contratou uma empresa para fazer uma auditoria mais rápida na CSA e, juntamente com o governador do estado, Sérgio Cabral, decidiu liberar a entrada em operação do segundo alto-forno, mesmo sem a conclusão da auditoria mais longa, pedida pelo Ministério Público.

Segundo a secretária, pesou em sua decisão a necessidade de garantir os empregos e de manter a credibilidade do estado do Rio perante investidores internacionais.

“Tive a garantia técnica por uma auditoria externa de que os procedimentos da CSA para dar início às operações do segundo alto-forno eram adequados e seguros. E eu estava convicta de que a situação que a CSA vivia era diferente daquela do alto-forno 1. Então, esse início de operação podia ser autorizado sem colocar em risco e sem causar qualquer incômodo à população do entorno”, disse Marilene Ramos.

Segundo a Secretaria do Ambiente, a auditoria pedida pelo Ministério Público também será também. A licença de operação da usina só deve ser liberada no início do ano que vem. Enquanto isso, o Inea continuará monitorando a CSA.|Vitor Abdala/ABr

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