Conteúdos alternativos devem alavancar os resultados dos cinemas em 2011

Transmissões ao vivo de óperas, ballets e shows prometem aumentar o número de ingressos vendidos e de anunciantes nos complexos de exibição.

O mercado brasileiro de cinema está encerrando o ano de 2010 com bons motivos para comemorar. De acordo com levantamento do portal especializado Filme B, até o mês de novembro, os cinemas acumularam um público de 125 milhões de pessoas, crescimento de 22,7% em comparação com o mesmo período de 2009. A renda, por sua vez, cresceu 33,5%. Só que, em 2011, essa trajetória deve ser impulsionada por uma nova tendência: a presença de conteúdos alternativos e ao vivo, como a transmissão de shows musicais, ballet e óperas.

Um exemplo é a transmissão ao vivo de apresentações de duas das mais importantes companhias de ballet do mundo: o Bolshoi, de Moscou; e a Ópera Nacional de Paris, de Paris. As apresentações serão feitas via satélite de Moscou e de Paris para 25 salas digitais de 12 cidades brasileiras. Em 2011, os espetáculos do Bolshoi serão: Class Concert e Giselle, dia 23 de janeiro; Don Quixote, em 6 de março; e Coppelia, dia 29 de maio. Já os ballets da Ópera Nacional de Paris serão transmitido nos dias 8 de fevereiro – “Calígula”, 26 de março – “Coppélia” e 9 de julho – “As Crianças do Paraíso”.

Esse novo tipo de atração nos cinemas atrai um público diferenciado e é um motivo para as agências de publicidade apostarem na telona e mostrarem suas marcas a esse novo target. “O público que vai ao cinema assistir um espetáculo de ballet não é o mesmo que procura um filme no fim de semana. Marcas mais refinadas conseguem ter, nesse momento, uma grande oportunidade” afirma André Porto Alegre, diretor comercial da Circuito Digital, empresa especializada em cine-publicidade e que, junto com a MovieMobz, especialista em conteúdo para cinema, forma a Mobz, nova companhia que disponibiliza ações de mídia, games, óperas, shows, cine-publicidade e produtos especiais ao vivo nos complexos de exibição, transformando as salas em verdadeiras redes sociais e extrapolando a exibição da propaganda tradicional.