Investimento em segurança

As operações nas favelas cariocas, tanto através das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) como na retomada do Complexo do Alemão, são necessárias para o Poder Público voltar ao comando da cidade. A integração das três esferas, municipal, estadual e federal foi essencial, além do apoio das Forças Armadas. Mas ainda há muito a ser feito e os investimentos são primordiais para a continuidade do trabalho. É preciso mais recurso, pois material humano já foi constatado que não nos falta.

O exército já expôs a falta de dinheiro, pois os recursos atuais podem colocar em risco as ações de seu pessoal como, por exemplo, as realizadas no Rio. A falta de verba implicará, inclusive, no número de jovens que farão o serviço militar obrigatório em 2011, caindo de 70 mil para 44 mil recrutas.

Segundo ofício emitido no final de novembro pelo alto comando do exército, esse déficit de pessoal trará, entre outras coisas, prejuízo ao patrulhamento de fronteiras, território estratégico para a inibição da entrada de armas e drogas no país.

Fato curioso é que para recompor suas finanças de 2011 e garantir o ingresso de pelo menos os 70 mil novos recrutas, o exército reivindica uma suplementação de R$ 453,9 milhões no orçamento da União.

Trata-se de uma boa quantia em dinheiro, mas se considerarmos os valores exorbitantes que serão disponibilizados em prol dos jogos de 2014 e 2016, podemos perceber que é algo perfeitamente viável. Vai depender da vontade política e o censo de coletividade daqueles eleitos para representar a população e trabalhar em prol da garantia de sua segurança e cidadania como um todo.

. Por: Dr. Marcos Espínola,Advogado criminalista