Empresários conseguem alterar norma do Mapa

Começa a valer em fevereiro a IN 16, que estabelecerá limites de impurezas e umidade para o café.

Uma comissão de 22 empresários do setor cafeeiro conseguiu fazer com que o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Gonçalves Rossi, altere a norma que estabelecia a qualidade mínima para o café. A Instrução Normativa nº 16 (IN 16) prejudicava produtores e empresários, pois estabelecia regras de avaliação sensoriais e de qualidade para padronizar o café vendido no mercado interno, padronizando também os preços e extinguindo a concorrência no segmento.

“A medição da qualidade do café é subjetiva e não tem um padrão, por isso é impossível medir com precisão. Os cafés brasileiros são diferentes e um produto que é aprovado em São Paulo, pode não agradar os consumidores do Espírito Santo, por exemplo. Quem define a qualidade é o consumidor”, declara Egídio Malanquini - presidente do Sincafé – Sindicato da Indústria de Torrefação e Moagem de Café do Espírito Santo

Vigor - A IN 16 passa a valer a partir de 17 de fevereiro de 2011, mas com alterações. O governo passará a se responsabilizar pelo controle das impurezas e umidade do café, através de laboratórios credenciados.

O novo Padrão Oficial de Classificação do Café Torrado e Moído estabelece limites de 5% de umidade e 1% de impurezas (cascas, paus e restos de folhas) e matérias estranhas (sementes de milho e fragmentos metálicos do moinho do café, por exemplo). Em termos de sabor, a nota mínima aceitável é 4, numa escala de 0 a 10 que avalia atributos como aroma, sabor residual e acidez.

O ministro ressaltou em entrevistas que o rigor será absoluto. “O ministério está proporcionando todas as condições para o que os torrefadores atendam à instrução normativa, promovendo cursos, fazendo reuniões com o segmento e dando os esclarecimentos necessários”, afirmou Wagner Rossi.