A AMB e a indicação do novo ministro da saúde

A presidente eleita Dilma Roussef anunciou no dia 20 de dezembro (segunda-feira), o nome de Alexandre Padilha como o próximo ministro da Saúde. Padilha é médico, graduado na Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP, com forte formação acadêmica, pós-graduado pelo Departamento de Doenças Infecciosas e Parasitárias pela Faculdade de Médica da Universidade de São Paulo, com destacado trabalho de atenção das populações ribeirinhas do Rio Tapajós, em Santarém (PA). No campo político, ocupa o cargo de ministro-chefe da Secretaria das Relações Institucionais.

Para o presidente da AMB, José Luiz Gomes do Amaral, a escolha é positiva para as entidades médicas. “Padilha possui não só experiência na saúde pública, mas reconhecida capacidade de dialogar e trabalhar em situações conflituosas. Depositamos expectativas favoráveis quanto à sua indicação e entendemos que a presidente Dilma concretiza assim a busca por alguém que tem qualificação técnica adequada”.

Desafios- Ao ocupar a pasta, o primeiro desafio de Padilha será lidar com o problema do subfinanciamento da saúde pública e as pressões sobre a regulamentação da Emenda 29 que, se aprovada, garantirá investimento para o setor de 10% da receita bruta da União, 12% para os Estados e 15% para os municípios.

A estimativa é que o orçamento da Saúde para 2011 seja de R$ 70 bilhões. Além de oferecer satisfatoriamente à população todos os procedimentos previstos pelo Sistema Único de Saúde, o montante deverá ser revertido também para garantir ambientes de trabalho favoráveis aos profissionais de saúde.

Isso significa não só investimento em estruturas de apoio adequadas, como equipamentos e suprimentos, mas também reconhecimento profissional e gerenciamento de recursos humanos.