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22/12/2010 - 07:35

Receita de exportações do setor de celulose e papel acumula US$ 6,1 bilhões até novembro, aponta Bracelpa


Os resultados até novembro confirmam as expectativas de crescimento da indústria brasileira de celulose e papel em 2010 e demonstram que o setor está bem posicionado nos mercados doméstico e internacional. A receita de exportações acumula US$ 6,1 bilhões, crescimento de 36,7% em relação ao valor registrado de janeiro a novembro de 2010. As vendas externas de celulose somam US$ 4,3 bilhões e as de papel, US$ 1,8 bilhão.

Entre janeiro e novembro, a produção de celulose somou 12,8 milhões de toneladas e as exportações do insumo totalizaram 7,6 milhões de toneladas. A produção de papéis até novembro foi de 8,9 milhões de toneladas e as vendas domésticas do produto movimentaram 4,9 milhões de toneladas até novembro.

A produção brasileira de celulose deve crescer 5,1% neste ano em comparação a 2009, chegando a 14 milhões de toneladas, enquanto a produção de papel deve registrar 3,4% de aumento, alcançando a marca de 9,8 milhões de toneladas, segundo estimativas de Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa). Destaca-se também o aumento da receita de exportações, um dos principais impactos negativos da crise financeira internacional no setor no ano passado: com crescimento estimado de 33%, deve totalizar US$ 6,7 bilhões – só a receita de exportações de celulose deve registrar 41,2% de aumento, chegando a US$ 4,7 bilhões.

“São resultados significativos que mostram que o setor está bem posicionado tanto no mercado nacional como no internacional. Acreditamos que a tendência de crescimento se mantenha nos próximos anos”, afirma Horacio Lafer Piva, presidente do Conselho Deliberativo da Bracelpa. Além disso, favorecem o novo ciclo de expansão da indústria anunciado em setembro, que prevê investimentos de US$ 20 bilhões até 2020, com o objetivo ampliar a base florestal em 45%, passando dos atuais 2,2 milhões de hectares de florestas plantadas para 3,2 milhões de hectares, enquanto a produção de celulose terá aumento de 57% e a de papel, 30%, chegando, respectivamente, a 22 milhões de toneladas e a 12,7 milhões de toneladas. Os investimentos também devem dobrar, em dez anos, a receita de exportações, chegando a US$ 13 bilhões.

As perspectivas para o setor nos próximos anos são bastante otimistas e se baseiam na expectativa do aumento de consumo de papel e maior dinamismo econômico de mercados emergentes – China, Índia, Rússia, Leste Europeu e América Latina. “Estima-se que a demanda mundial de celulose de fibra curta cresça em média 3% ao ano, até 2025, enquanto a demanda por todos os tipos de papel, principalmente os de embalagem e para fins sanitários aumente 1,5% nesses 15 anos. O Brasil, pela qualidade dos produtos e seus atributos de sustentabilidade, será um player cada vez mais importante neste mercado altamente competitivo”, explica Elizabeth de Carvalhaes, presidente executiva da Bracelpa.

Apesar do cenário bastante favorável, ela reforça que o setor enfrentará vários desafios nos próximos anos. Em relação à agenda mundial, a busca de uma economia de baixo carbono deve gerar oportunidades ao Brasil e, consequentemente, ao setor. Por isso, a participação nas negociações climáticas, visando à inclusão dos créditos de carbono florestais como mecanismo para compensar emissões, é questão fundamental. “Porém, está cada vez mais claro que a conciliação de interesses, especialmente dos Estados Unidos e da China, definirá o peso das negociações climáticas e do desenvolvimento econômico”, reforça Elizabeth. Além disso, na sua avaliação, é preciso acompanhar o recrudescimento de medidas protecionistas que prejudicam a competitividade, principalmente dos países emergentes.

Em relação à agenda nacional, a questão mais imediata é a definição de medidas para correção do câmbio. Além disso, para a Bracelpa, o novo governo também deverá priorizar a redução da carga tributária, com a desoneração plena de investimentos; promover a devolução dos créditos de ICMS acumulados na exportação, criar um regime especial que interrompa a geração de créditos tributários nas exportações e, também, adotar medidas para a desoneração plena das exportações.

Infraestrutura e Logística – Outro ponto fundamental é a eliminação de gargalos nos principais modais de transporte – portos, ferrovias e rodovias – o que, ao lado de investimentos privados, permitirá o avanço do setor. A Bracelpa elaborou um estudo que apontou as obras prioritárias em todo o País que incluem modernização de portos, duplicação ou triplicação de estradas e novos ramais ferroviários, entre outros projetos. “Essas obras são fundamentais para viabilizar os investimentos anunciados e aumentar a competitividade do setor”, afirma Horacio Lafer Piva. [www.bracelpa.org.br].

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