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24/12/2010 - 07:31

2011 e seus bons desafios

Como é costume ao final de um período, gostaria de falar um pouco sobre as perspectivas para 2011, primeiro ano do governo Dilma Rousseff. Para começar, temos esse importante fato novo, que é a mudança no comando da Presidência da República, após oito anos do bem-sucedido governo Luiz Inácio Lula da Silva.

Tomando como referência o programa de governo apresentado por Dilma Rousseff durante a campanha presidencial, suas declarações públicas após sua eleição e a própria montagem de seu ministério, o novo governo manterá as bases adotadas por seu antecessor, desenhando um quadro de continuidade com projetos voltados à melhoria de alguns setores, especialmente em razão do perfil desenvolvimentista demonstrado e pelo compromisso com a redução dos juros adotado pela futura presidenta.

É claro que o cenário internacional não tem sido o mais estimulante, mas, pelo menos por enquanto, os gestores globais têm sido hábeis em contornar os problemas mais graves, especialmente em países europeus, como os que ocorrem na Irlanda.

Para se preparar para eventuais situações negativas causadas pelo mercado internacional, o Brasil já tem adotado medidas preventivas para reforçar sua situação fiscal, econômica e financeira para evitar contágio de uma crise externa.

Entre as medidas, estão a ampliação dos depósitos compulsórios exigidos das instituições financeiras, a restrição ao crédito, a adoção de cortes no Orçamento da União que está sendo votado pelo Congresso e o possível contigenciamento preventivo de parte dos recursos previstos para 2011.

Além disso, o novo governo demonstra estar atento à necessidade de redução dos gastos governamentais e consequente melhora das contas públicas.

Teremos neste mês de dezembro um dos melhores períodos de vendas da história do país. Essa é uma demonstração de que a melhora na oferta de empregos e no aumento da renda do brasileiro estimulam a população a consumir e a estimular a economia.

A expectativa que fica é que, mesmo diante dos esforços para evitar uma explosão de consumo, o mercado interno seguirá aquecido no ano que vem, abrindo espaço para o crescimento sustentado de nossa economia nos próximos 12 meses.

Os investimentos previstos no projeto de preparação do país para a Copa do Mundo de 2014 devem crescer significativamente em 2011, gerando inúmeras oportunidades de negócios e empregos. Também veremos o reforço nos investimentos em infraestrutura para atender à crescente demanda estimulada pelo crescimento do país, especialmente nos segmentos aeroportuário, portuário, viário, rodoviário, de habitação, de saneamento básico e de petróleo e gás, com a preparação para a exploração comercial das áreas do pré-sal.

Será, sem dúvidas, um ano que exigirá dos gestores públicos, das empresas e de todos os brasileiros muita atenção ao cenário externo, planejamento e agilidade para que as políticas e ações adotadas garantam as respostas adequadas aos bons desafios, que continuarão sendo muitos em 2011.

. Por: Eduardo Pocetti, CEO da BDO, quinta maior empresa do Brasil e do mundo nas áreas de auditoria, tax e advisory.

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